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Egidio Trambaiolli Neto - Foto divulgação |
Nesta entrevista exclusiva, Egidio Trambaiolli Neto, professor, editor da Editora Uirapuru e autor de 654 obras publicadas, fala sobre o seu mais novo livro e sobre o mercado editorial.
Fale-nos sobre o livro "O semideus e a caixa de Pandora".
Fale-nos sobre o livro "O semideus e a caixa de Pandora".
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O que o motivou a escrevê-lo?
A motivação deste livro veio de uma antiga paixão pela mitologia grega e da riqueza existente em suas histórias que nunca são exploradas. Procurei associar a ideia a uma carência de protagonistas que quebrassem os mesmos modelos de sempre, por isso, escolhi um semideus afrodescendente. Para dar um tempero, quebrei a carranca de Zeus e o fiz bem brincalhão. Atrelado a tudo ainda trouxe questões sociais, psicológicas e morais à tona, em constantes provocações em conflitos que obrigam o leitor a refletir em seus erros. Pela complexidade, a recomendação é que o leitor tenha, ao menos, catorze anos ou mais. Eu classificaria a obra como indicada para o público juvenil, pois temas como a luxúria é trabalhado entre os pecados citados.
Como analisa hoje o mercado editorial?
O mercado editorial está em ebulição, a falta de apoio do governo e a crise que foi deflagrada desencadeou a quebra de várias editoras, distribuidoras e livrarias. A cada dia sabemos de novas falências no setor. Nas escolas o mercado está se rendendo aos sistemas de ensino, que impedem a entrada de obras alternativas, o que é extremamente prejudicial e engessa professores e leitores. No segmento público a falta de verbas tem dificultado em demasia compras de obras, o que não acontecia até a pouco tempo. Posso dizer que estamos vivendo um momento de transição em que os livros digitais ganham espaço, mas muitas coisas estão sendo publicadas sem qualidade. Enfim, é preciso ver o que o futuro nos reserva em meio a um pântano cercado de crocodilos.
Você está entre os dez autores que mais escreveram na história da literatura. Fale-nos sobre isso.
A descoberta sobre o efeito de minha alta produtividade foi causal, escrevo desde 1994, lembro-me que o lançamento do meu primeiro livro deu-se meses depois da morte do Ayrton Senna. Eu não esperava que o livro fosse bem aceito e que despertasse o interesse de outras editoras. Aos poucos, acabei contratado para trabalhar em editoras e produzir materiais. Quando vi, eu já era um escritor prolífico, para uma das empresas, escrevia à média de 40 fascículos por ano. Se considerar que fiz isso para eles durante onze anos, só com este cliente escrevi 440 volumes. Hoje tenho obras em treze editoras, todas físicas, até hoje só fiz três digitais. Já escrevi de tudo (presunção da minha parte), mas posso dizer que escrevi sobre vários temas, entre eles, Matemática, Química, Literatura Infantil, Robótica, Bullying, Meio Ambiente, Tecnologia, Romance. Foram muitos os temas. Neste ano, cheguei a 654 obras publicadas e vem mais por aí. Pois da mesma forma que preciso de água e comida para sobreviver, necessito de escrever para continuar vivo. Hoje sou o décimo oitavo que mais escreveu na história da literatura, em levantamento feito a partir das obras registradas pelo mundo. Talvez eu chegue a décimo quinto, o que seria uma façanha. Mas eu não corro atrás dessas marcas, busco apenas continuar o meu trabalho e poder compartilhar as minhas obras com os leitores de todo o mundo.
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*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin e integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017). Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC.
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