Carlos Nejar e Fabrício Carpinejar - Foto divulgação |
Carpinejar e o pai, Nejar, celebram 20 e 60 anos carreira literária, respectivamente, com espetáculo que relembra momentos das suas trajetórias líricas, no Teatro Frei Caneca.
Os escritores e poetas, pai e filho, Carlos Nejar e Fabrício Carpinejar, apresentam Poesia de Pai Para Filho - Encontro de Duas Gerações, espetáculo teatral com a leitura dos principais títulos de ambos, mostrando cumplicidade na criação dentro de casa, seja em dicas do método literário ou em histórias de aprendizado. Em São Paulo, acontece única apresentação no dia 23 de novembro, sexta-feira, no palco do Teatro Frei Caneca, às 21 horas, com ingressos grátis.
A peça é comemorativa de seis décadas de literatura de Carlos Nejar - 79 anos, membro da Academia Brasileira de Letras e indicado ao Nobel pela Academia Brasileira de Filosofia - e os 20 anos de carreira de Fabrício Carpinejar - 45 anos, premiado com o Jabuti e Associação Paulista dos Críticos de Arte.
O espetáculo, que tem roteiro e direção assinados por Carpinejar, estreou em setembro, em Brasilia, seguiu, em outubro, para Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, encerrando a turnê na capital paulista.
Os escritores e poetas, pai e filho, Carlos Nejar e Fabrício Carpinejar, apresentam Poesia de Pai Para Filho - Encontro de Duas Gerações, espetáculo teatral com a leitura dos principais títulos de ambos, mostrando cumplicidade na criação dentro de casa, seja em dicas do método literário ou em histórias de aprendizado. Em São Paulo, acontece única apresentação no dia 23 de novembro, sexta-feira, no palco do Teatro Frei Caneca, às 21 horas, com ingressos grátis.
A peça é comemorativa de seis décadas de literatura de Carlos Nejar - 79 anos, membro da Academia Brasileira de Letras e indicado ao Nobel pela Academia Brasileira de Filosofia - e os 20 anos de carreira de Fabrício Carpinejar - 45 anos, premiado com o Jabuti e Associação Paulista dos Críticos de Arte.
O espetáculo, que tem roteiro e direção assinados por Carpinejar, estreou em setembro, em Brasilia, seguiu, em outubro, para Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, encerrando a turnê na capital paulista.
Em versos, a montagem é uma homenagem à importância da família. No palco, duas gerações diferentes de autores, apresentam os seus ideais de criação literária, os seus métodos de trabalho, as dificuldades e desafios que tiveram que superar para alcançar o reconhecimento. No texto, momentos das suas trajetórias líricas: Carlos Nejar faz leitura de seus poemas prediletos e Fabrício conta histórias da convivência entre eles. “É poesia e crônica se envolvendo. Falamos o quanto são duas dicções diferentes, dois temperamentos diferentes, duas gerações diferentes, mas que partilham o mesmo respeito em ouvir. Ouvir a tempestade, ouvir a respiração, ouvir o coração”, comenta Carpinejar.
Em Poesia de Pai Para Filho os poemas são trabalhadas a partir de objetos simbólicos e emocionais, como relógio, escapulário, porão, retrato, revelando um universo marcado por rituais masculinos. Juntos, Carlos e Fabrício explicitam que o homem chora, emociona-se e está cada vez mais aberto a transparecer seus sentimentos de continuidade e afinidade. O espetáculo mostra que nada melhor que a relação entre pai e filho para promover confissões de medos e alegrias entre os homens. “No mundo de extremismo, de intolerância, a gente quer mostrar que a poesia cumpre essa carência de emoção. A poesia ensina a aceitar a solidão e aceitar as diferenças. Quem tem poesia em sua vida, é mais sensível e menos preconceituoso”, reflete Carpinejar.
Pela primeira vez, os poetas se unem para uma apresentação com a proposta de mostrar a troca de experiências e de cumplicidade entre pai e filho. “A ideia veio do filho, e depois acolhi porque é muito importante para mim, estar junto dele. Penso que a poesia tem que ser dita, pois na oralidade ela se abre e comove. No papel é fria. Na fala é ardente e humana. O espetáculo vai nos aproximar mais dos leitores, porque não é apenas a voz, é também o rosto, a forma de ser e dizer”, explica Carlos Nejar. “Era um sonho antigo. Vamos reviver tudo que vivemos na infância. Um exemplo é a varanda de relâmpagos. Sempre que ia chover, minha mãe e meus irmãos corriam para dentro. O pai e eu fazíamos o movimento contrário. Pegávamos as cadeiras de praia e íamos assistir ao ‘teatro dos relâmpagos’. Mãe e irmãos gritavam pra gente ir pra dentro. E, em nossa cumplicidade, sabíamos que viver é ter coragem. Ter um poeta como meu pai, me fez ter coragem para ser poeta”, declara Fabrício Carpinejar.
Carlos Nejar confessa ser emocionante recitar junto ao filho. “Poeta como eu, comunicador de vocação e que sabe recitar poemas, algo que só se aprende na medida em que a gente cria. Eu sei que cada um tem a sua entonação e formamos uma boa dupla. São duas gerações que se unem na palavra de pai a filho, embora a poesia se estenda a todas as gerações porque é um estado de êxtase e beleza. Nós somos muito próximos, a poesia nos reúne como se fosse uma alma coletiva. E, na minha visão, a poesia não é apenas uma maneira de estar no mundo, poesia é uma maneira de estar com todos”, finaliza o pai.
Ficha técnica - Texto e direção: Fabrício Carpinejar. Elenco: Carlos Nejar e Fabrício Carpinejar. Iluminação: Wladimir Medeiros. Cenografia: Miriam Menezes. Produção executiva: Ray Ribeiro. Produção: Francesca Romani. Produção local: Geondes Antônio. Fotos: Rodrigo Resende Coutinho.
Carlos Nejar - Nascido em Porto Alegre, RS, Nejar reside no Rio de Janeiro. Poeta, ficcionista, tradutor e crítico literário brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filosofia. Um dos mais importantes poetas brasileiros, ele publicou 60 livros desde Sélesis, em 1960. Entre os prêmios literários, destacam-se Prêmio Machado de Assis, Prêmio Monteiro Lobato e Prêmio APCA. Em 2017, foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura. Seu livro mais recente - A Vida de um Rio Morto: Monumento ao Rio Doce - aborda o rompimento da barragem na cidade de Mariana (MG).
Fabrício Carpinejar – Nascido em Caxias do Sul, RS, Carpinejar reside atualmente em Belo Horizonte (MG). É jornalista e escritor, autor de 43 livros, entre poesia, crônicas, infanto-juvenis e reportagem, e detentor de mais de 20 prêmios literários, entre eles Jabuti e Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Atua como comentarista no programa Encontro, de Fátima Bernardes (Rede Globo), e colunista dos jornais Zero Hora e O Globo. Seu novo livro - Cuide dos Pais Antes que Seja Tarde (Bertrand Brasil) - é um dos mais vendidos do país, há vários meses, de acordo com a lista da revista Veja.
Serviço
Espetáculo: Poesia de Pai Para Filho - Encontro de Duas Gerações
Com: Fabrício Carpinejar e Carlos Nejar
Data: 23 de novembro. Sexta, às 21h
Ingressos: Grátis – Retirar senha nos dias 22 e 23/11 (quinta e sexta), das 14h às 18h.
Duração: 60 minutos. Classificação: 12 anos
Teatro Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569. Shopping Frei Caneca, 7º Andar. São Paulo/SP
Tel: (11) 3472-2229. Capacidade: 600 lugares.
http://www.teatrofreicaneca.com.br
Em Poesia de Pai Para Filho os poemas são trabalhadas a partir de objetos simbólicos e emocionais, como relógio, escapulário, porão, retrato, revelando um universo marcado por rituais masculinos. Juntos, Carlos e Fabrício explicitam que o homem chora, emociona-se e está cada vez mais aberto a transparecer seus sentimentos de continuidade e afinidade. O espetáculo mostra que nada melhor que a relação entre pai e filho para promover confissões de medos e alegrias entre os homens. “No mundo de extremismo, de intolerância, a gente quer mostrar que a poesia cumpre essa carência de emoção. A poesia ensina a aceitar a solidão e aceitar as diferenças. Quem tem poesia em sua vida, é mais sensível e menos preconceituoso”, reflete Carpinejar.
Pela primeira vez, os poetas se unem para uma apresentação com a proposta de mostrar a troca de experiências e de cumplicidade entre pai e filho. “A ideia veio do filho, e depois acolhi porque é muito importante para mim, estar junto dele. Penso que a poesia tem que ser dita, pois na oralidade ela se abre e comove. No papel é fria. Na fala é ardente e humana. O espetáculo vai nos aproximar mais dos leitores, porque não é apenas a voz, é também o rosto, a forma de ser e dizer”, explica Carlos Nejar. “Era um sonho antigo. Vamos reviver tudo que vivemos na infância. Um exemplo é a varanda de relâmpagos. Sempre que ia chover, minha mãe e meus irmãos corriam para dentro. O pai e eu fazíamos o movimento contrário. Pegávamos as cadeiras de praia e íamos assistir ao ‘teatro dos relâmpagos’. Mãe e irmãos gritavam pra gente ir pra dentro. E, em nossa cumplicidade, sabíamos que viver é ter coragem. Ter um poeta como meu pai, me fez ter coragem para ser poeta”, declara Fabrício Carpinejar.
Carlos Nejar confessa ser emocionante recitar junto ao filho. “Poeta como eu, comunicador de vocação e que sabe recitar poemas, algo que só se aprende na medida em que a gente cria. Eu sei que cada um tem a sua entonação e formamos uma boa dupla. São duas gerações que se unem na palavra de pai a filho, embora a poesia se estenda a todas as gerações porque é um estado de êxtase e beleza. Nós somos muito próximos, a poesia nos reúne como se fosse uma alma coletiva. E, na minha visão, a poesia não é apenas uma maneira de estar no mundo, poesia é uma maneira de estar com todos”, finaliza o pai.
Ficha técnica - Texto e direção: Fabrício Carpinejar. Elenco: Carlos Nejar e Fabrício Carpinejar. Iluminação: Wladimir Medeiros. Cenografia: Miriam Menezes. Produção executiva: Ray Ribeiro. Produção: Francesca Romani. Produção local: Geondes Antônio. Fotos: Rodrigo Resende Coutinho.
Carlos Nejar - Nascido em Porto Alegre, RS, Nejar reside no Rio de Janeiro. Poeta, ficcionista, tradutor e crítico literário brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia Brasileira de Filosofia. Um dos mais importantes poetas brasileiros, ele publicou 60 livros desde Sélesis, em 1960. Entre os prêmios literários, destacam-se Prêmio Machado de Assis, Prêmio Monteiro Lobato e Prêmio APCA. Em 2017, foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura. Seu livro mais recente - A Vida de um Rio Morto: Monumento ao Rio Doce - aborda o rompimento da barragem na cidade de Mariana (MG).
Fabrício Carpinejar – Nascido em Caxias do Sul, RS, Carpinejar reside atualmente em Belo Horizonte (MG). É jornalista e escritor, autor de 43 livros, entre poesia, crônicas, infanto-juvenis e reportagem, e detentor de mais de 20 prêmios literários, entre eles Jabuti e Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA). Atua como comentarista no programa Encontro, de Fátima Bernardes (Rede Globo), e colunista dos jornais Zero Hora e O Globo. Seu novo livro - Cuide dos Pais Antes que Seja Tarde (Bertrand Brasil) - é um dos mais vendidos do país, há vários meses, de acordo com a lista da revista Veja.
Serviço
Espetáculo: Poesia de Pai Para Filho - Encontro de Duas Gerações
Com: Fabrício Carpinejar e Carlos Nejar
Data: 23 de novembro. Sexta, às 21h
Ingressos: Grátis – Retirar senha nos dias 22 e 23/11 (quinta e sexta), das 14h às 18h.
Duração: 60 minutos. Classificação: 12 anos
Teatro Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569. Shopping Frei Caneca, 7º Andar. São Paulo/SP
Tel: (11) 3472-2229. Capacidade: 600 lugares.
http://www.teatrofreicaneca.com.br
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