*Por Roberto Fiori
O arquiteto, graduado, chamava-se Quintus Teal. Tinha ideias revolucionárias na sua profissão e desprezava seus colegas, outros arquitetos, por considerá-los atrasados, obtusos, no mínimo. A mulher de seu amigo, Matilde Bailey, estava à procura de uma casa em estilo georgiano, e Homer Bailey, seu marido, fora aconselhado por Quintus a fazer uma surpresa para ela. Teal cuidaria do projeto e da construção, bem como o paisagismo que acompanharia a casa.
A casa fora construída tendo oito cômodos em forma de cubo: uma torre com quatro andares cúbicos na vertical e, no segundo andar, foram colocados os quatro ambientes restantes, sendo cada cubo se projetando na horizontal a partir de cada uma das quatro faces do segundo andar cúbico. Na véspera da apresentação da casa por Teal, houve um pequeno abalo sísmico. Fraco.
Os três chegaram na propriedade e, tanto Homer como Quintus ficaram estarrecidos: havia apenas um cubo térreo no lugar da construção projetada original. A mulher de Homer logo não gostou. Quintus disse que havia sido roubado pelos colegas arquitetos, invejosos e traiçoeiros. Entraram. O acesso aos andares superiores era feito pressionando-se um botão, abaixo do interruptor de acionamento da luz de cada andar. Uma escada em duralumínio brilhante e plástico transparente descia silenciosamente, então, do teto e, à medida que se subia os degraus, um alçapão se abria automaticamente de cima. A Sra. Bailey ficou contentíssima com a cozinha ultramoderna e com as escadarias.
Foi no segundo andar que começaram os problemas. De qualquer jeito que se quisesse sair da casa, não se podia. De cada porta, que daria para um outro aposento, caía-se no térreo, para se voltar ao ambiente cúbico do segundo andar, acessado pela escada que vinha do térreo. Ou era-se levado ao mesmo ambiente de onde se saíra, o do segundo andar. Mas Quintus Teal descobriu que uma janela dava para o exterior da casa.
Porém, esta janela fora usada sem que ninguém tivesse conhecimento antecipado de que ela seria o acesso ao exterior da casa — de algum modo, Quintus acionara inconscientemente um dispositivo que levava à saída. E isso não poderia ser conseguido novamente com tanta facilidade, agora que eles já sabiam como o mecanismo psicológico funcionava. Somente faltava um ambiente a ser explorado, o gabinete de trabalho, o último quarto do segundo andar. Eles haviam passado por ele, ao iniciarem a visita à casa, e não haviam sido levados ao andar térreo. Talvez as janelas do gabinete levassem a algum lugar diferente. Chegando lá, abriram uma a uma as quatro cortinas que ocultavam as janelas.
Uma das janelas apresentava a perspectiva de olharem para baixo, de uma altura colossal. Estavam olhando para o solo, a partir do ponto mais alto do Empire State Building. Os três foram acometidos de tontura insuportável e caíram no chão. Fecharam a cortina, imediatamente.
A segunda janela dava para a superfície do mar, mas invertida. As ondas iam e vinham, quebrando-se em espuma, mas no lado de cima da janela. Abaixo, o céu azul. Eles não gostaram.
Tentaram a terceira janela. Levava a um lugar estranho, sem cor, sem profundidade, sem forma. Não havia nada, lá. Que cor tem o nada? A ausência de algo tem forma? Quintus falou que olhavam para um lugar onde o espaço “não é”. Decidiram manter a janela fechada com a cortina e pensaram que o melhor seria tapar a janela com tijolos.
A quarta janela levou-os a uma paisagem ao nível térreo da casa. Um sol ofuscante, muito, muito quente, iluminava tudo em um céu cor de limão. O terreno era marrom, queimado, não crescia nada ali, a não ser moitas de arbustos espinhentos e árvores, que se esticavam, buscando o céu com seus galhos retorcidos. Houve um pequeno abalo sísmico. Muito fraco. Em seguida, veio uma ondulação muito intensa, nauseante, e os três passaram pelo espaço da janela aberta, primeiro, Matilde, depois os homens, que aterrissaram sobre a mulher... Os homens da Califórnia, onde a casa fora construída e onde Quintus Teal morava, temiam muito os terremotos e, quando um deles se dava, se jogavam para fora de suas casas, instintivamente...
No lado de fora da casa, andaram um bom pedaço de chão, até que chegaram em uma rodovia, onde pegaram carona com um fazendeiro, que os levou até a casa recém-construída.
Mas lá não havia nada. Era claro que, com o terremoto que sentiram há pouco, a casa havia desaparecido, surgindo em outra seção do espaço, para a qual fora transportada.
Quintus Teal era um homem ágil. Desviou-se do golpe de Homer, quando começou a pensar em voz alta nas inúmeras possibilidades de se construir casas como essa, sem a influência de terremotos.
Robert Anson Heinlein, escritor de Ficção Científica americano, nasceu em 1907 e morreu em 1988, nos Estados Unidos. Escreveu 56 contos e 30 romances. Hoje, ainda hoje, seus livros vendem mais de cem mil cópias anualmente. No total, venderam, até os dias de hoje, 30 milhões de cópias nos E. U. A. e 100 milhões de cópias ao redor do mundo. Foi o único autor a conquistar quatro vezes o Prêmio Hugo de melhor romance, por suas obras “A Estela Oculta” (“Double Star”, de 1955), “Revolta na Lua” (“The Moon is a Harsh Mistress”, de 1967), “Um Estranho numa Terra Estranha” (“Stranger in a Strange Land”, de 1961) e “Tropas Estelares” (“Starship Troopers”, de 1959).
“... E Ele Construiu uma Casa Torta” (“... And He Built a Crooked House”) foi primeiro publicado na revista Astounding Science Fiction, em 1940. Depois, foi publicado no Brasil em duas antologias, “A Sonda do Tempo” (“Time Probe”), editado por Arthur C. Clarke, em 1966 e publicado mais tarde pela Editora Nova Fronteira, e “... Para Onde Vamos?” (“Where Do We Go From There”), editado por Isaac Asimov e publicado pela Editora Hemus, de 1979. É um conto com lances cômicos e satíricos, abordando o tema da Quarta Dimensão, o tempo. O que é o tempo, afinal? É uma sensação? É uma equação matemática, traduzida para nós por meio de mecanismos de relojoaria? Na verdade, sentimos o tempo passar quando contamos uma sequência ininterrupta e pausada de acontecimentos. O bater do coração, o tiquetaquear de um relógio, a passagem dos dias para noites, a mudança de dígitos e ponteiros em relógios digitais e analógicos. Percebemos o passar do tempo, vendo as coisas mudarem de posição, ou percebendo a passagem de sons e sensações rítmicas.
É também expressada por equações matemáticas. As equações de espaço, velocidade e aceleração que aprendemos no ensino fundamental trazem a variável
t (tempo). A ideia de uma dilatação do tempo foi pensada pela primeira vez por Albert Einstein. Nos diz que, se aumentarmos muito nossa velocidade, quanto mais ela se aproxima do valor 300.000 km/s, ou a velocidade da luz, mais lento se torna o passar do tempo para o observador submetido a esse aumento de velocidade, até que, na velocidade da luz, o tempo torna-se imutável para ele, enquanto que no exterior, o Universo já terá envelhecido e morrido.
O tempo, como quarta dimensão, pode ser visto como uma quarta coordenada. Se dissermos, o arquiteto Teal está podando sua roseira em sua propriedade na Avenida Lookout Mountain, no km 8775, dez quilômetros do centro de Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América, no planeta Terra, o terceiro planeta a orbitar a 150 milhões de quilômetros uma estrela típica chamada Sol, que se situa na Via Láctea, a 2,5 milhões de anos-luz da Galáxia de Andrômeda, este conjunto de informações estará incompleto. Deve-se dizer em que instante Teal está cortando as ervas daninhas de seu canteiro de rosas.
Isso, as três coordenadas espaciais, mais a quarta coordenada temporal, nos dá o chamado continuuum de espaço-tempo. Na verdade, tanto as coordenadas espaciais como as temporais são a mesma coisa, visto que, matematicamente, pode-se trabalhar convertendo-se tempo em espaço e espaço em tempo.
Dimensões espaciais e temporais são outra forma de o pesquisador se expressar. Não podemos agarrar o tempo, mas podemos medir tanto as dimensões espaciais (altura, largura, comprimento), como a dimensão temporal (segundo, hora, dia, ano), e também nos expressar por coordenadas espaço-temporais (o ano-luz, o segundo-luz, o minuto-luz, em que cada uma dessas coordenadas corresponde a uma medida de tempo e de espaço, simultaneamente — por exemplo, um ano-luz será a medida na qual um raio de luz, ou qualquer objeto se deslocando no vácuo à velocidade da luz, percorra um espaço correspondente a um ano de duração da viagem).
Pode-se pensar em objetos tridimensionais na quarta dimensão. No caso do conto de Heinlein, a casa em formato de torre exótica era o desdobramento de um hipercubo (ou um cubo na quarta dimensão) na terceira dimensão, a nossa realidade. Por maior que seja o gênio de um matemático, no presente nível de nossa tecnologia, ele jamais poderá desenhar no nosso mundo um objeto quadridimensional, a não ser desdobrando-o na terceira dimensão. Nosso mundo é tridimensional. Podemos desenhar objetos com zero dimensão (o ponto dado por um toque de um lápis ou caneta no papel) uma dimensão (a representação de uma reta, ou de uma curva), duas dimensões (o plano, as figuras geométricas) e desenhar objetos tridimensionais, como o cubo (hexaedro). Mas desenhar objetos tridimensionais no papel é representá-los em duas dimensões. Podemos construir objetos tridimensionais com cartolina, ou madeira, ou aço. Isso é a verdadeira representação de objetos de três dimensões. Por outro lado, um engenheiro não tem qualquer ideia de como construir uma nave espacial quadridimensional, a não ser, talvez, se lançá-la em uma viagem no tempo. Não se pode construir, à moda de um cubo de papelão, um hipercubo de papelão. Uma hiperesfera seria uma esfera na quarta dimensão, assim como o seria um hipertetraedro, um hipericosaedro, um hiperdodecaedro ou um hiperoctaedro.
A casa fora construída tendo oito cômodos em forma de cubo: uma torre com quatro andares cúbicos na vertical e, no segundo andar, foram colocados os quatro ambientes restantes, sendo cada cubo se projetando na horizontal a partir de cada uma das quatro faces do segundo andar cúbico. Na véspera da apresentação da casa por Teal, houve um pequeno abalo sísmico. Fraco.
Os três chegaram na propriedade e, tanto Homer como Quintus ficaram estarrecidos: havia apenas um cubo térreo no lugar da construção projetada original. A mulher de Homer logo não gostou. Quintus disse que havia sido roubado pelos colegas arquitetos, invejosos e traiçoeiros. Entraram. O acesso aos andares superiores era feito pressionando-se um botão, abaixo do interruptor de acionamento da luz de cada andar. Uma escada em duralumínio brilhante e plástico transparente descia silenciosamente, então, do teto e, à medida que se subia os degraus, um alçapão se abria automaticamente de cima. A Sra. Bailey ficou contentíssima com a cozinha ultramoderna e com as escadarias.
Foi no segundo andar que começaram os problemas. De qualquer jeito que se quisesse sair da casa, não se podia. De cada porta, que daria para um outro aposento, caía-se no térreo, para se voltar ao ambiente cúbico do segundo andar, acessado pela escada que vinha do térreo. Ou era-se levado ao mesmo ambiente de onde se saíra, o do segundo andar. Mas Quintus Teal descobriu que uma janela dava para o exterior da casa.
Porém, esta janela fora usada sem que ninguém tivesse conhecimento antecipado de que ela seria o acesso ao exterior da casa — de algum modo, Quintus acionara inconscientemente um dispositivo que levava à saída. E isso não poderia ser conseguido novamente com tanta facilidade, agora que eles já sabiam como o mecanismo psicológico funcionava. Somente faltava um ambiente a ser explorado, o gabinete de trabalho, o último quarto do segundo andar. Eles haviam passado por ele, ao iniciarem a visita à casa, e não haviam sido levados ao andar térreo. Talvez as janelas do gabinete levassem a algum lugar diferente. Chegando lá, abriram uma a uma as quatro cortinas que ocultavam as janelas.
Uma das janelas apresentava a perspectiva de olharem para baixo, de uma altura colossal. Estavam olhando para o solo, a partir do ponto mais alto do Empire State Building. Os três foram acometidos de tontura insuportável e caíram no chão. Fecharam a cortina, imediatamente.
A segunda janela dava para a superfície do mar, mas invertida. As ondas iam e vinham, quebrando-se em espuma, mas no lado de cima da janela. Abaixo, o céu azul. Eles não gostaram.
Tentaram a terceira janela. Levava a um lugar estranho, sem cor, sem profundidade, sem forma. Não havia nada, lá. Que cor tem o nada? A ausência de algo tem forma? Quintus falou que olhavam para um lugar onde o espaço “não é”. Decidiram manter a janela fechada com a cortina e pensaram que o melhor seria tapar a janela com tijolos.
A quarta janela levou-os a uma paisagem ao nível térreo da casa. Um sol ofuscante, muito, muito quente, iluminava tudo em um céu cor de limão. O terreno era marrom, queimado, não crescia nada ali, a não ser moitas de arbustos espinhentos e árvores, que se esticavam, buscando o céu com seus galhos retorcidos. Houve um pequeno abalo sísmico. Muito fraco. Em seguida, veio uma ondulação muito intensa, nauseante, e os três passaram pelo espaço da janela aberta, primeiro, Matilde, depois os homens, que aterrissaram sobre a mulher... Os homens da Califórnia, onde a casa fora construída e onde Quintus Teal morava, temiam muito os terremotos e, quando um deles se dava, se jogavam para fora de suas casas, instintivamente...
No lado de fora da casa, andaram um bom pedaço de chão, até que chegaram em uma rodovia, onde pegaram carona com um fazendeiro, que os levou até a casa recém-construída.
Mas lá não havia nada. Era claro que, com o terremoto que sentiram há pouco, a casa havia desaparecido, surgindo em outra seção do espaço, para a qual fora transportada.
Quintus Teal era um homem ágil. Desviou-se do golpe de Homer, quando começou a pensar em voz alta nas inúmeras possibilidades de se construir casas como essa, sem a influência de terremotos.
Robert Anson Heinlein, escritor de Ficção Científica americano, nasceu em 1907 e morreu em 1988, nos Estados Unidos. Escreveu 56 contos e 30 romances. Hoje, ainda hoje, seus livros vendem mais de cem mil cópias anualmente. No total, venderam, até os dias de hoje, 30 milhões de cópias nos E. U. A. e 100 milhões de cópias ao redor do mundo. Foi o único autor a conquistar quatro vezes o Prêmio Hugo de melhor romance, por suas obras “A Estela Oculta” (“Double Star”, de 1955), “Revolta na Lua” (“The Moon is a Harsh Mistress”, de 1967), “Um Estranho numa Terra Estranha” (“Stranger in a Strange Land”, de 1961) e “Tropas Estelares” (“Starship Troopers”, de 1959).
“... E Ele Construiu uma Casa Torta” (“... And He Built a Crooked House”) foi primeiro publicado na revista Astounding Science Fiction, em 1940. Depois, foi publicado no Brasil em duas antologias, “A Sonda do Tempo” (“Time Probe”), editado por Arthur C. Clarke, em 1966 e publicado mais tarde pela Editora Nova Fronteira, e “... Para Onde Vamos?” (“Where Do We Go From There”), editado por Isaac Asimov e publicado pela Editora Hemus, de 1979. É um conto com lances cômicos e satíricos, abordando o tema da Quarta Dimensão, o tempo. O que é o tempo, afinal? É uma sensação? É uma equação matemática, traduzida para nós por meio de mecanismos de relojoaria? Na verdade, sentimos o tempo passar quando contamos uma sequência ininterrupta e pausada de acontecimentos. O bater do coração, o tiquetaquear de um relógio, a passagem dos dias para noites, a mudança de dígitos e ponteiros em relógios digitais e analógicos. Percebemos o passar do tempo, vendo as coisas mudarem de posição, ou percebendo a passagem de sons e sensações rítmicas.
É também expressada por equações matemáticas. As equações de espaço, velocidade e aceleração que aprendemos no ensino fundamental trazem a variável
t (tempo). A ideia de uma dilatação do tempo foi pensada pela primeira vez por Albert Einstein. Nos diz que, se aumentarmos muito nossa velocidade, quanto mais ela se aproxima do valor 300.000 km/s, ou a velocidade da luz, mais lento se torna o passar do tempo para o observador submetido a esse aumento de velocidade, até que, na velocidade da luz, o tempo torna-se imutável para ele, enquanto que no exterior, o Universo já terá envelhecido e morrido.
O tempo, como quarta dimensão, pode ser visto como uma quarta coordenada. Se dissermos, o arquiteto Teal está podando sua roseira em sua propriedade na Avenida Lookout Mountain, no km 8775, dez quilômetros do centro de Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América, no planeta Terra, o terceiro planeta a orbitar a 150 milhões de quilômetros uma estrela típica chamada Sol, que se situa na Via Láctea, a 2,5 milhões de anos-luz da Galáxia de Andrômeda, este conjunto de informações estará incompleto. Deve-se dizer em que instante Teal está cortando as ervas daninhas de seu canteiro de rosas.
Isso, as três coordenadas espaciais, mais a quarta coordenada temporal, nos dá o chamado continuuum de espaço-tempo. Na verdade, tanto as coordenadas espaciais como as temporais são a mesma coisa, visto que, matematicamente, pode-se trabalhar convertendo-se tempo em espaço e espaço em tempo.
Dimensões espaciais e temporais são outra forma de o pesquisador se expressar. Não podemos agarrar o tempo, mas podemos medir tanto as dimensões espaciais (altura, largura, comprimento), como a dimensão temporal (segundo, hora, dia, ano), e também nos expressar por coordenadas espaço-temporais (o ano-luz, o segundo-luz, o minuto-luz, em que cada uma dessas coordenadas corresponde a uma medida de tempo e de espaço, simultaneamente — por exemplo, um ano-luz será a medida na qual um raio de luz, ou qualquer objeto se deslocando no vácuo à velocidade da luz, percorra um espaço correspondente a um ano de duração da viagem).
Pode-se pensar em objetos tridimensionais na quarta dimensão. No caso do conto de Heinlein, a casa em formato de torre exótica era o desdobramento de um hipercubo (ou um cubo na quarta dimensão) na terceira dimensão, a nossa realidade. Por maior que seja o gênio de um matemático, no presente nível de nossa tecnologia, ele jamais poderá desenhar no nosso mundo um objeto quadridimensional, a não ser desdobrando-o na terceira dimensão. Nosso mundo é tridimensional. Podemos desenhar objetos com zero dimensão (o ponto dado por um toque de um lápis ou caneta no papel) uma dimensão (a representação de uma reta, ou de uma curva), duas dimensões (o plano, as figuras geométricas) e desenhar objetos tridimensionais, como o cubo (hexaedro). Mas desenhar objetos tridimensionais no papel é representá-los em duas dimensões. Podemos construir objetos tridimensionais com cartolina, ou madeira, ou aço. Isso é a verdadeira representação de objetos de três dimensões. Por outro lado, um engenheiro não tem qualquer ideia de como construir uma nave espacial quadridimensional, a não ser, talvez, se lançá-la em uma viagem no tempo. Não se pode construir, à moda de um cubo de papelão, um hipercubo de papelão. Uma hiperesfera seria uma esfera na quarta dimensão, assim como o seria um hipertetraedro, um hipericosaedro, um hiperdodecaedro ou um hiperoctaedro.
*Sobre Roberto Fiori:
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside
atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se
na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática.
Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como
hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta,
cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo.
Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e
Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando
realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do
espírito elevada e extremamente valiosa.
Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor Roberto Fiori:
Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.
Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.
Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.
Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.
Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.
Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.
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