Alemão Duarte - Foto divulgação |
Nesta entrevista exclusiva à revista Conexão Literatura, Francisco Duarte de Lima, mais conhecido como Alemão Duarte, vereador na cidade de Santo André (SP), fala sobre seus livros e sobre a Lei 9.759/2015 de sua autoria, que instituiu a Semana de Literatura de Santo André.
Fale-nos sobre você.
Nasci dia 17 de março de 1964, no Sitio Água Branca, Carius, no Estado do Ceará. Cheguei a São Paulo em 8 de abril de 1984, parte da minha família já morava em Santo André. Não sabia ler nem escrever, trabalhei na Madeireira Mazuco e em um depósito de material para construção.
Tive a oportunidade de entrar na Volkswagem do Brasil em 1985, e aí começou todo um processo de luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, mas também de muito estudo, e hoje, sou graduado em Gestão Pública e pós-graduado em Direito Administrativo Público.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre você.
Nasci dia 17 de março de 1964, no Sitio Água Branca, Carius, no Estado do Ceará. Cheguei a São Paulo em 8 de abril de 1984, parte da minha família já morava em Santo André. Não sabia ler nem escrever, trabalhei na Madeireira Mazuco e em um depósito de material para construção.
Tive a oportunidade de entrar na Volkswagem do Brasil em 1985, e aí começou todo um processo de luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras, mas também de muito estudo, e hoje, sou graduado em Gestão Pública e pós-graduado em Direito Administrativo Público.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seus livros.
Fiz o primeiro livro que é minha autobiografia, que conta toda esta história, depois, fiz parte, junto com outros amigos e amigas, do Projeto Poemas da cidade, da Coopacesso, onde cada um escreveu uma poesia, e foi um livro de 20 poesias. Concluí o terceiro livro, que é a reedição ampliada da minha autobiografia, e também finalizei meu quarto livro, uma abordagem sobre o analfabetismo.
Você é o autor da Lei 9.759/2015, que instituiu a Semana de Literatura de Santo André. O que o motivou a fazê-la? Como vê a literatura na cidade e na região do ABC?
A Semana de Literatura é o processo de um olhar de quem imagina que, com as novas tecnologias, se não houver um incentivo à leitura, as pessoas possam parar de ler, principalmente os livros, e não é só isso, não somente incentivar a leitura. A Semana de Literatura propõe que esse incentivo vá para as escolas, para que possam fazer o debate sobre a importância de aprender a ler e escrever e entender o que está lendo. Quando eu falo de analfabetismo, da falta do hábito de ler, falo também do deficit de aprendizagem que traz a não compreensão integral daquilo que se lê. Então a Semana de literatura é para trazer esse debate à luz.
Aproveito para dizer que, no ano passado, foi um sucesso. Passaram pela exposição quase 500 pessoas durante a semana, um público relativamente grande, de pessoas que escrevem textos, livros, coletâneas, apresentando seu trabalho, não só de Santo André, mas do ABC como um todo. É também um incentivo aos autores e autoras da cidade a apresentarem seu trabalho.
Este ano, a Semana de Literatura será realizada do dia 13 ao dia 17 de agosto. Teremos a presença do Filippi, ex-prefeito de Diadema e pré-candidato a deputado federal, que lançará seu livro no dia 13, e aproveito para convidar para o lançamento do meu quarto livro “Alfabetizar: construir sonhos”, no dia 15 de agosto, às 19 horas. E haverá lançamento de diversos livros durante a semana. Esperamos que seja um sucesso, como foi no ano passado.
Como analisa a questão da leitura no país?
Quando escrevi meu quarto livro, no segundo capítulo, falei do analfabetismo no Brasil. Eu fui vítima disso. Com 20 anos, eu só vim a entender, depois de muito tempo em São Paulo, que a ditadura militar chegou ao sítio onde eu morava, através da leitura. Olhando para a região e para o país, vejo o analfabetismo ainda presente na área rural, na área urbana, nas famílias, e às vezes porque as pessoas se sentem com vergonha de dizer que são analfabetas. Esse tema faz parte do terceiro capítulo do livro que vou lançar, onde o estudo mostra que muitas pessoas escondem o fato de não saber escrever e ler, inclusive pessoas jovens. Esse é um grande desafio, pois, antes de tudo, precisamos melhorar e fortalecer a educação no país, trabalhar a questão do analfabetismo que ainda existe no Brasil e ainda está muito presente na região do grande ABC.
Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?
As pessoas podem acessar as redes sociais, minha página no Facebook e a fanpage, para conhecer um pouco sobre mim e meu trabalho na Câmara Municipal de Santo André. Podem também assistir às sessões às terças e quintas-feiras, a partir das 15 horas e também participar das atividades de nosso mandato.
http://www.cmsandre.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=980&Itemid=38
O que tem lido ultimamente?
Este ano, li bastante. Fiz a segunda edição do livro e trabalhei a finalização do quarto livro, que originalmente era meu TCC. Leio muitos textos, como vereador, leio os projetos de lei, gosto de acompanhar as notícias nos jornais impressos. Gosto muito de ler, e os dois últimos livros que li foram “Chão de Estrelas: minha pequena Sapucaí”, da Emília Vieira de Oliveira e a biografia da Leda Beserra, “Na construção da história esbarrei na contramão”.
Aproveito para falar da Coopacesso (https://www.coopacesso.org), que tem nos acompanhado e dado todo apoio a esta questão da leitura, inclusive, os dois livros de que falei foram publicados pela Editora Coopacesso, que é responsável também pela publicação dos meus segundo, terceiro e quarto livros e estará muito presente na Semana de Literatura.
A literatura é muito importante para a busca da informação, para o conhecimento e crescimento das pessoas e do país. A leitura é tudo!
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
Fiz o primeiro livro que é minha autobiografia, que conta toda esta história, depois, fiz parte, junto com outros amigos e amigas, do Projeto Poemas da cidade, da Coopacesso, onde cada um escreveu uma poesia, e foi um livro de 20 poesias. Concluí o terceiro livro, que é a reedição ampliada da minha autobiografia, e também finalizei meu quarto livro, uma abordagem sobre o analfabetismo.
Você é o autor da Lei 9.759/2015, que instituiu a Semana de Literatura de Santo André. O que o motivou a fazê-la? Como vê a literatura na cidade e na região do ABC?
A Semana de Literatura é o processo de um olhar de quem imagina que, com as novas tecnologias, se não houver um incentivo à leitura, as pessoas possam parar de ler, principalmente os livros, e não é só isso, não somente incentivar a leitura. A Semana de Literatura propõe que esse incentivo vá para as escolas, para que possam fazer o debate sobre a importância de aprender a ler e escrever e entender o que está lendo. Quando eu falo de analfabetismo, da falta do hábito de ler, falo também do deficit de aprendizagem que traz a não compreensão integral daquilo que se lê. Então a Semana de literatura é para trazer esse debate à luz.
Aproveito para dizer que, no ano passado, foi um sucesso. Passaram pela exposição quase 500 pessoas durante a semana, um público relativamente grande, de pessoas que escrevem textos, livros, coletâneas, apresentando seu trabalho, não só de Santo André, mas do ABC como um todo. É também um incentivo aos autores e autoras da cidade a apresentarem seu trabalho.
Este ano, a Semana de Literatura será realizada do dia 13 ao dia 17 de agosto. Teremos a presença do Filippi, ex-prefeito de Diadema e pré-candidato a deputado federal, que lançará seu livro no dia 13, e aproveito para convidar para o lançamento do meu quarto livro “Alfabetizar: construir sonhos”, no dia 15 de agosto, às 19 horas. E haverá lançamento de diversos livros durante a semana. Esperamos que seja um sucesso, como foi no ano passado.
Como analisa a questão da leitura no país?
Quando escrevi meu quarto livro, no segundo capítulo, falei do analfabetismo no Brasil. Eu fui vítima disso. Com 20 anos, eu só vim a entender, depois de muito tempo em São Paulo, que a ditadura militar chegou ao sítio onde eu morava, através da leitura. Olhando para a região e para o país, vejo o analfabetismo ainda presente na área rural, na área urbana, nas famílias, e às vezes porque as pessoas se sentem com vergonha de dizer que são analfabetas. Esse tema faz parte do terceiro capítulo do livro que vou lançar, onde o estudo mostra que muitas pessoas escondem o fato de não saber escrever e ler, inclusive pessoas jovens. Esse é um grande desafio, pois, antes de tudo, precisamos melhorar e fortalecer a educação no país, trabalhar a questão do analfabetismo que ainda existe no Brasil e ainda está muito presente na região do grande ABC.
Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?
As pessoas podem acessar as redes sociais, minha página no Facebook e a fanpage, para conhecer um pouco sobre mim e meu trabalho na Câmara Municipal de Santo André. Podem também assistir às sessões às terças e quintas-feiras, a partir das 15 horas e também participar das atividades de nosso mandato.
http://www.cmsandre.sp.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=980&Itemid=38
O que tem lido ultimamente?
Este ano, li bastante. Fiz a segunda edição do livro e trabalhei a finalização do quarto livro, que originalmente era meu TCC. Leio muitos textos, como vereador, leio os projetos de lei, gosto de acompanhar as notícias nos jornais impressos. Gosto muito de ler, e os dois últimos livros que li foram “Chão de Estrelas: minha pequena Sapucaí”, da Emília Vieira de Oliveira e a biografia da Leda Beserra, “Na construção da história esbarrei na contramão”.
Aproveito para falar da Coopacesso (https://www.coopacesso.org), que tem nos acompanhado e dado todo apoio a esta questão da leitura, inclusive, os dois livros de que falei foram publicados pela Editora Coopacesso, que é responsável também pela publicação dos meus segundo, terceiro e quarto livros e estará muito presente na Semana de Literatura.
A literatura é muito importante para a busca da informação, para o conhecimento e crescimento das pessoas e do país. A leitura é tudo!
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru. Membro do Conselho Editorial da Editora Pumpkin.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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