Sinopse: Uma criança perdida em uma plataforma em movimento, assim como milhares de brasileiros que caminham pelo mundo particular criado por Viviane Santyago.
A dor, fome, alegria, ódio, ganancia e simplicidade de um povo que tem pressa em chegar, por vezes, nem se sabe onde.
A Linha Amarela do Metrô trata-se de uma obra ficcional, mas seu realismo é incômodo, a impotência e omissão deixada no leitor em cada texto pedem minutos de reflexão, de uma tentativa fracassada de perdão.
Diante de tanta humanidade repelida sob as paredes de uma estação, retratada aqui como o mundo, a autora trás a tona a sensibilidade e nobreza encontrada em alguns singulares. Singulares estes, se fizeram necessário ser contados.
Sobre a autora: Viviane Santyago é mineira, mas vive em São Paulo. Aos 34 anos é formada em jornalismo, pós graduanda em Literatura Brasileira.
Escritora de romances, contos e poesias, venceu diversos concursos literários.
Trabalhou com assessoria de imprensa e comunicação digital, atualmente se dedica exclusivamente a literatura.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Escritora de romances, contos e poesias, venceu diversos concursos literários.
Trabalhou com assessoria de imprensa e comunicação digital, atualmente se dedica exclusivamente a literatura.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Viviane Santyago: Escrevo desde a adolescência, no entanto, a escrita profissional surgiu em 2013, quando iniciei a faculdade de jornalismo, antes mesmo disso já havia ganhado alguns concursos literários, mas me sentir apta a seguir uma carreira literária foi em 2013.
Conexão Literatura: Você é autora do livro “A Linha Amarela do Metrô”, que será lançado em junho, sob realização cultural PROAC, Secretaria da Cultura de SP. Poderia comentar?
Viviane Santyago: A ideia do A Linha Amarela do Metrô surge de minhas idas e vindas ao centro de São Paulo, durante o trajeto observava os usuários, cada qual com tua história para contar, ninguém para ouvir, senti a necessidade de transportar aquele universo para um livro, foi então que elaborei o projeto e o submeti a avaliação do edital PROAC, 30 dias depois recebi a noticia que o projeto fora um dos selecionados, a partir daí recebi uma bolsa remunerativa que viabilizou a criação e publicação da obra.
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Viviane Santyago: Antes mesmo da obra existir já me dedicava a anotações de casos singulares que presenciava na plataforma, a pesquisa que antecedeu o inicio da escrita foi feita em dois meses, no qual visitava diariamente a estação, conversei com usuários e funcionários que elucidaram ainda mais a ideia, da pesquisa a finalização da obra foram 9 meses, uma gestação muito bem aproveitada, que resultou neste livro maravilhoso.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?
Viviane Santyago: É difícil escolher um trecho, afinal todos me remetem a lembranças e sensações diferentes, mas creio que esta parte do livro é bem especial:
‘’ A linha amarela é como um ponto central para São Paulo inteiro, um caldeirão fervente de gente, gente que está perdido assim como o Pedro, mas que a mãe não vai esperar na República, alguns se perderam há muitos anos, quando chegaram da Bahia, de Minas, de Pernambuco, do Peru, do Paraguai, da Nigéria e outros tantos mais, estes, dificilmente voltam a se encontrar, têm os que começaram agora, mas certamente, não demora, vão se perder também.
São Paulo é assim, uma sede de achados e perdidos, com pouquíssimos achados.
A linha Amarela é a maquete.’’
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Viviane Santyago: O livro pode ser adquirido diretamente comigo pelo facebook https://www.facebook.com/viviane.santyago.9 ou pelo site da editora www.telucazu.com
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Viviane Santyago: Sim! Tenho um romance finalizado e também um livro de poesias livres em andamento, ainda para este ano os dois livros devem ser lançados, em Cesário a narração feita em 3° pessoa conta a história de Madalena e seus irmãos que lutam diariamente para vencer a pobreza e violência extrema de viver em áreas marginalizadas do país. O de poesias, Flores na sala de estar vem com a mutação quase imaginável de transportar experiências de abuso, assédio, estupro e violência contra a mulher em poesia.
Perguntas rápidas:
Um livro: Antes que seque, Marta Barcellos.
Um (a) autor (a): Sheila Smanioto
Um ator ou atriz: Wagner Moura / Ryan Gosling
Um filme: Ensaio sobre a Cegueira / Diário de uma paixão.
Um dia especial: Nascimento dos meus filhos.
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Viviane Santyago: Talvez um apelo, Gostaria de pedir aos leitores/leitoras que leiam livros escritos por mulheres, é preciso diluir a ideia preconceituosa que livros feito por mulheres são água com açúcar, existe uma leva de novas escritoras com excelentes obras publicadas, conteúdo relevante, liberatório, mas que fica encalhado nas prateleira por um machismo enrustido que insiste que a mulher não faz nada tão bem quanto o homem.
Não estou falando de Clarice Lispector, Cecilia Meireles e outros ícones, falo de Natalia Borges Polesso, de Michelle Paranhos, Vanessa Barbara, mulheres que escrevem maravilhosamente, mas não tem seu devido reconhecimento.
A literatura não pode ser pesada em uma balança de qualidade que difere o gênero do autor,
No Brasil, nos 8 maiores prêmios literários existentes, entre os ganhadores somente 17% foram mulheres.
Conexão Literatura: Você é autora do livro “A Linha Amarela do Metrô”, que será lançado em junho, sob realização cultural PROAC, Secretaria da Cultura de SP. Poderia comentar?
Viviane Santyago: A ideia do A Linha Amarela do Metrô surge de minhas idas e vindas ao centro de São Paulo, durante o trajeto observava os usuários, cada qual com tua história para contar, ninguém para ouvir, senti a necessidade de transportar aquele universo para um livro, foi então que elaborei o projeto e o submeti a avaliação do edital PROAC, 30 dias depois recebi a noticia que o projeto fora um dos selecionados, a partir daí recebi uma bolsa remunerativa que viabilizou a criação e publicação da obra.
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Viviane Santyago: Antes mesmo da obra existir já me dedicava a anotações de casos singulares que presenciava na plataforma, a pesquisa que antecedeu o inicio da escrita foi feita em dois meses, no qual visitava diariamente a estação, conversei com usuários e funcionários que elucidaram ainda mais a ideia, da pesquisa a finalização da obra foram 9 meses, uma gestação muito bem aproveitada, que resultou neste livro maravilhoso.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?
Viviane Santyago: É difícil escolher um trecho, afinal todos me remetem a lembranças e sensações diferentes, mas creio que esta parte do livro é bem especial:
‘’ A linha amarela é como um ponto central para São Paulo inteiro, um caldeirão fervente de gente, gente que está perdido assim como o Pedro, mas que a mãe não vai esperar na República, alguns se perderam há muitos anos, quando chegaram da Bahia, de Minas, de Pernambuco, do Peru, do Paraguai, da Nigéria e outros tantos mais, estes, dificilmente voltam a se encontrar, têm os que começaram agora, mas certamente, não demora, vão se perder também.
São Paulo é assim, uma sede de achados e perdidos, com pouquíssimos achados.
A linha Amarela é a maquete.’’
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Viviane Santyago: O livro pode ser adquirido diretamente comigo pelo facebook https://www.facebook.com/viviane.santyago.9 ou pelo site da editora www.telucazu.com
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Viviane Santyago: Sim! Tenho um romance finalizado e também um livro de poesias livres em andamento, ainda para este ano os dois livros devem ser lançados, em Cesário a narração feita em 3° pessoa conta a história de Madalena e seus irmãos que lutam diariamente para vencer a pobreza e violência extrema de viver em áreas marginalizadas do país. O de poesias, Flores na sala de estar vem com a mutação quase imaginável de transportar experiências de abuso, assédio, estupro e violência contra a mulher em poesia.
Perguntas rápidas:
Um livro: Antes que seque, Marta Barcellos.
Um (a) autor (a): Sheila Smanioto
Um ator ou atriz: Wagner Moura / Ryan Gosling
Um filme: Ensaio sobre a Cegueira / Diário de uma paixão.
Um dia especial: Nascimento dos meus filhos.
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Viviane Santyago: Talvez um apelo, Gostaria de pedir aos leitores/leitoras que leiam livros escritos por mulheres, é preciso diluir a ideia preconceituosa que livros feito por mulheres são água com açúcar, existe uma leva de novas escritoras com excelentes obras publicadas, conteúdo relevante, liberatório, mas que fica encalhado nas prateleira por um machismo enrustido que insiste que a mulher não faz nada tão bem quanto o homem.
Não estou falando de Clarice Lispector, Cecilia Meireles e outros ícones, falo de Natalia Borges Polesso, de Michelle Paranhos, Vanessa Barbara, mulheres que escrevem maravilhosamente, mas não tem seu devido reconhecimento.
A literatura não pode ser pesada em uma balança de qualidade que difere o gênero do autor,
No Brasil, nos 8 maiores prêmios literários existentes, entre os ganhadores somente 17% foram mulheres.
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