Helena Negreiros - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Sou uma esperançosa incurável e creio que nós, professores, estamos fadados a sofrer desse bem!
Tenho 47 anos, sou nordestina, mãe de dois filhos lindos - Luara e Guilherme - e sou avó da Luna.
Persigo a Educação como estrada desde sempre. Miúda ainda, já avisava aos navegantes: serei professora e vou escrever livros.
Apaixonada por livros desde sempre, aprendi a amá-los com minha mãe, que mesmo pouco letrada, me ensinou a proeza de olhar para os livros e suas belas histórias de maneira acolhedora e apaixonada. Assim, em todos os espaços que entendo que haja a oportunidade de ler, leio. Leio para inspirar, para provocar, para dividir minhas alegrias e dúvidas.
Sou professora e coordenadora pedagógica em duas redes públicas distintas, mas já transitei por diferentes cargos, lugares e atuações. No ensino superior, graduação e pós, aprendi muito sobre nossas limitações e impotências na relação com o tempo. Estudei bastante e assim sigo, agora muito mais por opção que por condição. Fiz três pós-graduações, dois mestrados e sigo calçada com a 'sandália da humildade', pois pouco sei e muito ainda preciso aprender. A parte muito boa é que o Universo segue poroso e disponível para os que são sonhadores e curiosos!! A leitura segue comigo como parceira e conselheira.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seus livros.
Sou uma esperançosa incurável e creio que nós, professores, estamos fadados a sofrer desse bem!
Tenho 47 anos, sou nordestina, mãe de dois filhos lindos - Luara e Guilherme - e sou avó da Luna.
Persigo a Educação como estrada desde sempre. Miúda ainda, já avisava aos navegantes: serei professora e vou escrever livros.
Apaixonada por livros desde sempre, aprendi a amá-los com minha mãe, que mesmo pouco letrada, me ensinou a proeza de olhar para os livros e suas belas histórias de maneira acolhedora e apaixonada. Assim, em todos os espaços que entendo que haja a oportunidade de ler, leio. Leio para inspirar, para provocar, para dividir minhas alegrias e dúvidas.
Sou professora e coordenadora pedagógica em duas redes públicas distintas, mas já transitei por diferentes cargos, lugares e atuações. No ensino superior, graduação e pós, aprendi muito sobre nossas limitações e impotências na relação com o tempo. Estudei bastante e assim sigo, agora muito mais por opção que por condição. Fiz três pós-graduações, dois mestrados e sigo calçada com a 'sandália da humildade', pois pouco sei e muito ainda preciso aprender. A parte muito boa é que o Universo segue poroso e disponível para os que são sonhadores e curiosos!! A leitura segue comigo como parceira e conselheira.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seus livros.
O livro 'Leitura e lazer: uma alquimia possível' é fruto de uma pesquisa-ação realizada em 2010, em um curso pela Universidade Federal do ABC, com alunos e alunas da região do Parque Miami em Santo André (SP) e tive a pretensão de verificar se seria possível encantar jovens e adultos pela leitura, tardiamente. Foram seis meses de convivência, partilha, reflexão e busca. Concluo que essa conquista é bastante complexa e desafiadora. Eles têm muitos anseios, mas a leitura como forma de ampliação de repertório não se mostrou algo simples de conquistar. Foi uma experiência muito sensível e apaixonante.
Meu segundo livro 'Experiências pedagógicas de A a Z' celebra 30 anos de estrada na Educação e me provoca a buscar outros 30 por essa estrada em diálogo com humanos, lugares, tempos e buscas. Foram muitas histórias vividas em escolas, do infantil ao superior, na assessoria ou como estudante de mestrado, na escola pública ou privada, na EJA ou nos rincões do Brasil, fora dele também. Procuro provocar colegas e aspirantes à Educação a buscar voos menos superficiais e perseguir mergulhos mais profundos em suas propostas educativas, algo que nos tire do lugar comum. Assim vivi cada experiência relatada.
O que a motivou a escrevê-los?
O desejo de partilhar e tornar imortais aqueles com quem dividi cada história relatada. Assim ganhamos algo de imortalidade. Desejei também provocar colegas que desejam essas partilhas a fazerem o mesmo, sabendo dos desafios que temos com o mercado editorial e considerando a loucura de nossas rotinas docentes. Outra forte motivação é a possibilidade de encontrar pessoas e partilharmos experiências, sonhos e desejos para a Educação do nosso país. Ou seja, há uma abundância de motivações, mas não pretendo servir como modelo, ensinar a fazer, considerando a singularidade de cada criança, cada turma, cada escola.
Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?
Creio que o contato pode ser uma excelente forma de saber um pouco mais sobre o profissional ou autor. Meu currículo Lattes está disponível e nas redes sociais (Helena Negreiros) também dialogo com todos aqueles que tiverem maior interesse sobre meu trabalho. Sou funcionária pública em Santo André e São Bernardo do Campo, ambos no ABC Paulista, atuando no ensino superior desde 2008 em cursos de graduação e pós na área de Educação.
Como analisa a questão da leitura no país?
Vejo como uma questão que reflete a nossa desigualdade. São poucas as livrarias e sebos disponíveis nas grandes cidades, embora tenha havido um crescimento, e imagino que nas cidades menores isso se agrave. Sabemos que temos um mercado editorial vasto. As grandes livrarias estão sempre lotadas. Nos lançamentos de autores mais conhecidos, as filas dobram os quarteirões, mas quem são os leitores que acessam esses livros e se interessam por esses autores? Quando acesso a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, me preocupo com os resultados que colocam a leitura em um lugar delicado e a televisão como a vedete do lazer brasileiro. Quando questiono alunos de graduação ou pós, mesmo os professores com quem partilho minhas rotinas, quem ali aprendeu a amar os livros e inspirar outros ao mesmo comportamento, esse número é pouco expressivo. Penso que é preciso que haja políticas públicas de Estado que invistam nisso, que apoiem projetos com essa finalidade e incentivem autores a novas publicações, por isso, faço meu papel, onde for, como docente, palestrante, convidada, carregarei uma leitura comigo para inspirar, provocar o desejo de saber mais. As famílias poderiam ser as maiores incentivadoras se houvesse políticas de incentivo com esse fim.
O que tem lido ultimamente?
Nunca leio um livro só. Dependendo de como encerro o meu dia, após as 22h, decido com quem vou dialogar naquela noite ou em qualquer tempo livre que disponha. Ler é meu hobby favorito. Amo transitar por livrarias e poder descobrir novas dicas. Partilhar dicas sobre leitura e conversar sobre livros são atividades de que gosto. Confesso que chego a sonhar com as leituras que faço. Os livros que estão aqui na cabeceira ultimamente:
O olho da rua, de Eliane Brum
Educação de alma brasileira, de coordenação de Antonio Sagrado e Tathyana Gouvea
Mulheres que correm com lobos, de Clarissa Pinkola Estes
Não há tempo a perder, de Amyr Klink
A vida secreta das árvores, de Peter Wohlleben
A escola e os desafios contemporâneos, de Viviane Mosé
Ciranda das mulheres sábias, de Clarissa Pinkola Estes
Um lugar na janela, de Martha Medeiros
Em busca de sentido, de Vitor E. Frankl
O poder da empatia, de R. Krznaric
Quais os seus próximos projetos?
Penso que a Educação é uma escolha que nos dá muitas oportunidades de realização, de reflexão, de partilha e busca por novos modos de ser e estar no mundo. Pretendo que minha atuação docente e como coordenadora seja a melhor que eu conseguir no tempo e espaço que disponho. Vivo a avaliar meu fazer e tentar outros modos de tornar-me melhor como pessoa e profissional.
Tenho uma jornada exaustiva de trabalho diário, 13 horas por dia, o que me impede de manter a dedicação necessária a outros projetos, como um novo livro. No entanto, estão na lista de sonhos. Outras publicações nessa área que me permitam transitar pelo mundo e promover inspiração, provocação, busca e partilha. Creio que vivemos tempos pouco convidativos para os sonhadores, mas concluo minha entrevista como iniciei, estou fadada a manter a minha esperança freireana em plena atividade!
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
Meu segundo livro 'Experiências pedagógicas de A a Z' celebra 30 anos de estrada na Educação e me provoca a buscar outros 30 por essa estrada em diálogo com humanos, lugares, tempos e buscas. Foram muitas histórias vividas em escolas, do infantil ao superior, na assessoria ou como estudante de mestrado, na escola pública ou privada, na EJA ou nos rincões do Brasil, fora dele também. Procuro provocar colegas e aspirantes à Educação a buscar voos menos superficiais e perseguir mergulhos mais profundos em suas propostas educativas, algo que nos tire do lugar comum. Assim vivi cada experiência relatada.
O que a motivou a escrevê-los?
O desejo de partilhar e tornar imortais aqueles com quem dividi cada história relatada. Assim ganhamos algo de imortalidade. Desejei também provocar colegas que desejam essas partilhas a fazerem o mesmo, sabendo dos desafios que temos com o mercado editorial e considerando a loucura de nossas rotinas docentes. Outra forte motivação é a possibilidade de encontrar pessoas e partilharmos experiências, sonhos e desejos para a Educação do nosso país. Ou seja, há uma abundância de motivações, mas não pretendo servir como modelo, ensinar a fazer, considerando a singularidade de cada criança, cada turma, cada escola.
Como o leitor interessado deverá proceder para saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho?
Creio que o contato pode ser uma excelente forma de saber um pouco mais sobre o profissional ou autor. Meu currículo Lattes está disponível e nas redes sociais (Helena Negreiros) também dialogo com todos aqueles que tiverem maior interesse sobre meu trabalho. Sou funcionária pública em Santo André e São Bernardo do Campo, ambos no ABC Paulista, atuando no ensino superior desde 2008 em cursos de graduação e pós na área de Educação.
Como analisa a questão da leitura no país?
Vejo como uma questão que reflete a nossa desigualdade. São poucas as livrarias e sebos disponíveis nas grandes cidades, embora tenha havido um crescimento, e imagino que nas cidades menores isso se agrave. Sabemos que temos um mercado editorial vasto. As grandes livrarias estão sempre lotadas. Nos lançamentos de autores mais conhecidos, as filas dobram os quarteirões, mas quem são os leitores que acessam esses livros e se interessam por esses autores? Quando acesso a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, me preocupo com os resultados que colocam a leitura em um lugar delicado e a televisão como a vedete do lazer brasileiro. Quando questiono alunos de graduação ou pós, mesmo os professores com quem partilho minhas rotinas, quem ali aprendeu a amar os livros e inspirar outros ao mesmo comportamento, esse número é pouco expressivo. Penso que é preciso que haja políticas públicas de Estado que invistam nisso, que apoiem projetos com essa finalidade e incentivem autores a novas publicações, por isso, faço meu papel, onde for, como docente, palestrante, convidada, carregarei uma leitura comigo para inspirar, provocar o desejo de saber mais. As famílias poderiam ser as maiores incentivadoras se houvesse políticas de incentivo com esse fim.
O que tem lido ultimamente?
Nunca leio um livro só. Dependendo de como encerro o meu dia, após as 22h, decido com quem vou dialogar naquela noite ou em qualquer tempo livre que disponha. Ler é meu hobby favorito. Amo transitar por livrarias e poder descobrir novas dicas. Partilhar dicas sobre leitura e conversar sobre livros são atividades de que gosto. Confesso que chego a sonhar com as leituras que faço. Os livros que estão aqui na cabeceira ultimamente:
O olho da rua, de Eliane Brum
Educação de alma brasileira, de coordenação de Antonio Sagrado e Tathyana Gouvea
Mulheres que correm com lobos, de Clarissa Pinkola Estes
Não há tempo a perder, de Amyr Klink
A vida secreta das árvores, de Peter Wohlleben
A escola e os desafios contemporâneos, de Viviane Mosé
Ciranda das mulheres sábias, de Clarissa Pinkola Estes
Um lugar na janela, de Martha Medeiros
Em busca de sentido, de Vitor E. Frankl
O poder da empatia, de R. Krznaric
Quais os seus próximos projetos?
Penso que a Educação é uma escolha que nos dá muitas oportunidades de realização, de reflexão, de partilha e busca por novos modos de ser e estar no mundo. Pretendo que minha atuação docente e como coordenadora seja a melhor que eu conseguir no tempo e espaço que disponho. Vivo a avaliar meu fazer e tentar outros modos de tornar-me melhor como pessoa e profissional.
Tenho uma jornada exaustiva de trabalho diário, 13 horas por dia, o que me impede de manter a dedicação necessária a outros projetos, como um novo livro. No entanto, estão na lista de sonhos. Outras publicações nessa área que me permitam transitar pelo mundo e promover inspiração, provocação, busca e partilha. Creio que vivemos tempos pouco convidativos para os sonhadores, mas concluo minha entrevista como iniciei, estou fadada a manter a minha esperança freireana em plena atividade!
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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