Mário Bentes - Foto divulgação |
Fale-nos sobre você.
Mário Bentes, 34 anos, natural de Manaus, Amazonas. Escrevo desde os 12 anos, mas me considero autor profissional desde 2008, quando participei de uma antologia de contos pela primeira vez por meio de uma editora de São Paulo. Sou jornalista profissional, já fui desenvolvedor de software e hoje vivo de livros.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seus livros.
Mário Bentes, 34 anos, natural de Manaus, Amazonas. Escrevo desde os 12 anos, mas me considero autor profissional desde 2008, quando participei de uma antologia de contos pela primeira vez por meio de uma editora de São Paulo. Sou jornalista profissional, já fui desenvolvedor de software e hoje vivo de livros.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seus livros.
Sou autor de "A terra por onde caminho", que foi escrito em 2012 quando morava em Brasília. Resumidamente, eu reconto os principais relatos de mortes e carnificinas da Bíblia por meio do próprio anjo da morte. Ainda que temente e respeitoso a Deus, o personagem contesta o tempo inteiro seus desígnios, inclusive os assassinatos de inocentes. Já "Minhas conversas com diabo", que foi lançado na Bienal de SP 2016 e esgotou na Bienal do Rio em 2017, são contos envolvendo demônios da goétia de Salomão. Mas ao contrário do óbvio, não são contos de terror propriamente ditos. São relatos muito mais melancólicos que usam demônios mitológicos para falar dos demônios internos das pessoas. Lancei, em 2017, o conto "EXO", que inaugurou a coleção de bolso da Lendari. Meu terceiro livro, uma novela ainda em desenvolvimento, é uma distopia.
Você é o editor da Editora Lendari. Fale-nos sobre ela. Como é o seu trabalho? Recebe quantos originais por mês? Quantos são publicados? Quem quiser publicar por sua editora quais os procedimentos a serem adotados?
Como CEO e editor, tudo começa e passa por mim. É uma rotina intensa, que varia entre 10h e 12h de trabalho diário. Preciso coordenar a agenda do ano de lançamentos, gerenciar vendas, definir estratégias de marketing com autores, negociar com agentes literários, entre outras funções. Nós recebemos uma média de 20 livros ao mês, mas no momento estamos fechados para novas publicações porque temos mais de dez projetos assinados e esperando suas oportunidades. Temos lançamentos para 2018 e 2019. A Lendari é uma editora tradicional: arca com todos os custos do projeto.
Como analisa a questão dos e-books?
A Lendari ainda não tinha entrado de cabeça neste mercado. Mas, recentemente, assinamos contrato com uma das maiores empresas de e-book do mundo, que vai levar nosso catálogo para outros países e uma quantidade maior de leitores. Mas, de forma estratégica, a Lendari não enxerga os e-books como potencial fonte de lucro; mas muito mais como ferramenta de marketing auxiliar aos livros físicos, que ainda representam fatia significativa das vendas.
Quais são suas leituras preferidas?
Leio de tudo, mas tenho autores preferidos. Gosto de Saramago há bastante tempo, Neil Gaiman e, mais recentemente, China Miéville. Mas tenho apostado bastante em autores nacionais.
Que conselho pode dar a um escritor principiante?
Existe uma discussão meio boba nas redes sociais, que não é de hoje, sobre ler clássicos vs livros modernos. Eu sempre sugiro que potenciais escritores leiam de tudo, sim, inclusive aquela saga jovem da última semana. Mas recomendo fortemente que leiam clássicos. Não porque sejam melhores, mas porque existe muito autor iniciante passando vergonha querendo inventar a roda. A melhor forma de conhecer bem seu ofício é saber quem foram e o que fizeram antes de você pôr os pés neste mundo. Outra dica que dou, além de ler bastante: ouça os mais experientes. Aceite sugestões do editor. Tenho notado uma tendência mais forte nos principiantes desta geração (todos já foram principiantes) em aceitar mudanças nos textos. Como editor, sempre sugiro mudanças nos textos dos meus autores. Mas muito querem rejeitar mudanças por isso ou aquilo. Como dizia Ernest Hemingway, a primeira versão de tudo o que se escreve é uma merda.
Quais os próximos projetos da editora?
Os próximos lançamentos são "Eles pensam que somos gatos", de Luciana Cunha Pereira, e "Drako e a Elite dos Dragões Dourados", de Paola Giometti. Além dos títulos da coleção de bolso, como "A Ponte", e os lançamentos de quadrinhos do selo PULP, no Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) de BH.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
Você é o editor da Editora Lendari. Fale-nos sobre ela. Como é o seu trabalho? Recebe quantos originais por mês? Quantos são publicados? Quem quiser publicar por sua editora quais os procedimentos a serem adotados?
Como CEO e editor, tudo começa e passa por mim. É uma rotina intensa, que varia entre 10h e 12h de trabalho diário. Preciso coordenar a agenda do ano de lançamentos, gerenciar vendas, definir estratégias de marketing com autores, negociar com agentes literários, entre outras funções. Nós recebemos uma média de 20 livros ao mês, mas no momento estamos fechados para novas publicações porque temos mais de dez projetos assinados e esperando suas oportunidades. Temos lançamentos para 2018 e 2019. A Lendari é uma editora tradicional: arca com todos os custos do projeto.
Como analisa a questão dos e-books?
A Lendari ainda não tinha entrado de cabeça neste mercado. Mas, recentemente, assinamos contrato com uma das maiores empresas de e-book do mundo, que vai levar nosso catálogo para outros países e uma quantidade maior de leitores. Mas, de forma estratégica, a Lendari não enxerga os e-books como potencial fonte de lucro; mas muito mais como ferramenta de marketing auxiliar aos livros físicos, que ainda representam fatia significativa das vendas.
Quais são suas leituras preferidas?
Leio de tudo, mas tenho autores preferidos. Gosto de Saramago há bastante tempo, Neil Gaiman e, mais recentemente, China Miéville. Mas tenho apostado bastante em autores nacionais.
Que conselho pode dar a um escritor principiante?
Existe uma discussão meio boba nas redes sociais, que não é de hoje, sobre ler clássicos vs livros modernos. Eu sempre sugiro que potenciais escritores leiam de tudo, sim, inclusive aquela saga jovem da última semana. Mas recomendo fortemente que leiam clássicos. Não porque sejam melhores, mas porque existe muito autor iniciante passando vergonha querendo inventar a roda. A melhor forma de conhecer bem seu ofício é saber quem foram e o que fizeram antes de você pôr os pés neste mundo. Outra dica que dou, além de ler bastante: ouça os mais experientes. Aceite sugestões do editor. Tenho notado uma tendência mais forte nos principiantes desta geração (todos já foram principiantes) em aceitar mudanças nos textos. Como editor, sempre sugiro mudanças nos textos dos meus autores. Mas muito querem rejeitar mudanças por isso ou aquilo. Como dizia Ernest Hemingway, a primeira versão de tudo o que se escreve é uma merda.
Quais os próximos projetos da editora?
Os próximos lançamentos são "Eles pensam que somos gatos", de Luciana Cunha Pereira, e "Drako e a Elite dos Dragões Dourados", de Paola Giometti. Além dos títulos da coleção de bolso, como "A Ponte", e os lançamentos de quadrinhos do selo PULP, no Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) de BH.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2016), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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