O Mago - Foto divulgação |
O que é um mago? Por definição, é alguém que detém conhecimentos relativos à magia. Uma pessoa que, em contato com seres como demônios, ou mesmo o próprio Diabo, conseguiu o conhecimento para realizar encantamentos, ou feitiços, sobrepujando o homem comum. Este não poderia, por exemplo, lançar maldições contra os inimigos, em particular uma que os ferisse, ou os destruísse — e os matasse.
O célebre escritor Jack Vance criou muitos contos e romances, tendo como tema a Fantasia e a Ficção Científica. Um vasto arsenal de armas ele dispõe para tal: mundos estranhos, em que o herói deve lutar contra vilões e alienígenas, em um futuro distante em que tecnologia de sonho auxilia o protagonista, à moda de um James Bond do futuro (na série Star King — A Saga dos Príncipes-Demônios). Ou, em um futuro ainda mais distante, em que a Terra está moribunda, tendo os homens se refugiado no torpor da bebida para esquecer que o fim de seu planeta os aguarda logo (os contos da antologia A Agonia da Terra — The Dying Earth). Vance criou um mundo em que monstros, chamados de dragões, são utilizados por alienígenas como montarias dotadas de mandíbulas feitas para esmagar e triturar homens e animais; espigões crescendo de seus corpos para perfurar e matar; e várias outras espécies de dragões neste Universo particular (O Planeta dos Dragões — The Dragon Masters) deste notável escritor, nascido em 1916.
Jack Vance foi um escritor altamente considerado. Falecido aos 96 anos, recebeu uma série de prêmios, dentre os quais os importantíssimos Hugo, dado anualmente ao principal trabalho de Ficção Científica ou Fantasia do ano anterior, e que Vance recebeu em dois anos distintos; o Nebula, prêmio que recebeu uma vez, concedido pela Science Fiction Writers of America (SFWA) para os principais trabalhos de Fantasia e Ficção Científica publicados nos EUA, nos dois anos precedentes ao ano de entrega.
Em um capítulo de sua obra A Agonia da Terra (The Dying Earth), chamado de Mazirian, o Mago, Jack Vance tece a seu modo peculiar uma paisagem em que, no jardim de Mazirian, híbridas flores-animais podem devorar, e digerir em suas entranhas sob a terra, toupeiras e outros bichos similares. Flores fazem obedientes reverências, quando o mago passa por elas. Olhos de mandrágoras seguem-no a pouca altura acima do solo, enquanto em outra parte um arbusto sustenta esporos com a forma de cachimbo, sussurrando uma música em homenagem à Velha Terra, que agora está em agonia.
Mazirian busca algo: uma criatura semelhante a uma mulher, rindo e cautelosa, sobre um cavalo negro. Sempre escapa dele, mesmo ele tentando apanhá-la com teimosia. Seus encantamentos de imobilização são inúteis, a mulher sempre foge. O que fazer? O mago receia que alguém tenha enviado a criatura. Azvan, o Astrônomo, seria ele? Mazirian atormenta-o, aprisionado em um cubo de cristal, através de batidas em um gongo, que ressoam na mente do prisioneiro. Não, ele não aguenta as batidas... não foi ele, e Mazirian, vendo que a tortura não surtiria efeito, desiste de Azvan. Talvez o príncipe Kandive, o Dourado, de quem o mago roubara o segredo da juventude eterna. Ou Turjan... conhecedor do segredo da vida, que sabia como dá-lo a criaturas inanimadas.
Mazirian aprisionou Tujan, que vivia em seu castelo Miir, junto ao rio Derna, e reduziu-lhe o tamanho até ficar menor que a palma da mão do mago. Colocou-o em uma caixa de quatro lados, com uma cobertura de vidro. Diametralmente oposto a Turjan, fora posto um dragão, maior que Turjan. Este perseguia o herói, que por pouco não era apanhado pelas mandíbulas mortais do dragãozinho. Mazirian, de tempos em tempos, colocava uma divisória entre os dois oponentes, para que descansassem, comessem carne e bebessem água. Desejando colocar as mãos na criatura-mulher, Mazirian pergunta a Turjan como pode alcançá-la. Este diz para usar as Botas da Vida, que proporcionavam enorme velocidade a quem as usasse. O mago pergunta ao herói, mais uma vez, qual o segredo da vida. Este se nega a responder, argumentando que o outro o mataria, tão logo fosse revelado o mistério. Mazirian fala, então, que irá acrescentar à noite mais um lado à caixa, transformando-a em um pentágono. Seria muito mais difícil, então, para Turjan, escapar do dragão.
E Mazirian parte no encalço de seu alvo. Após correr velozmente atrás da mulher que cavalgava, forçando as Botas da Vida a perderem completamente sua vitalidade e definharem, ele utiliza uma série de encantamentos para capturar sua vítima. Esta traz consigo feitiços que anulam os do mago. Até que a perseguição chega ao final, com a morte de Mazirian, vítima de cipós que chicoteavam quem passasse por baixo deles. A mulher foge e entra na casa de Mazirian. Liberta Turjan e desfalece, caindo morta a seus pés. Turjan faz uma promessa, a ele, e à mulher: daria vida novamente a ela, T’sain, criação sua e que tinha dado sua vida em troca da liberdade de Turjan.
Seria um ato de grande nobreza, sem dúvida.
O célebre escritor Jack Vance criou muitos contos e romances, tendo como tema a Fantasia e a Ficção Científica. Um vasto arsenal de armas ele dispõe para tal: mundos estranhos, em que o herói deve lutar contra vilões e alienígenas, em um futuro distante em que tecnologia de sonho auxilia o protagonista, à moda de um James Bond do futuro (na série Star King — A Saga dos Príncipes-Demônios). Ou, em um futuro ainda mais distante, em que a Terra está moribunda, tendo os homens se refugiado no torpor da bebida para esquecer que o fim de seu planeta os aguarda logo (os contos da antologia A Agonia da Terra — The Dying Earth). Vance criou um mundo em que monstros, chamados de dragões, são utilizados por alienígenas como montarias dotadas de mandíbulas feitas para esmagar e triturar homens e animais; espigões crescendo de seus corpos para perfurar e matar; e várias outras espécies de dragões neste Universo particular (O Planeta dos Dragões — The Dragon Masters) deste notável escritor, nascido em 1916.
Jack Vance foi um escritor altamente considerado. Falecido aos 96 anos, recebeu uma série de prêmios, dentre os quais os importantíssimos Hugo, dado anualmente ao principal trabalho de Ficção Científica ou Fantasia do ano anterior, e que Vance recebeu em dois anos distintos; o Nebula, prêmio que recebeu uma vez, concedido pela Science Fiction Writers of America (SFWA) para os principais trabalhos de Fantasia e Ficção Científica publicados nos EUA, nos dois anos precedentes ao ano de entrega.
Em um capítulo de sua obra A Agonia da Terra (The Dying Earth), chamado de Mazirian, o Mago, Jack Vance tece a seu modo peculiar uma paisagem em que, no jardim de Mazirian, híbridas flores-animais podem devorar, e digerir em suas entranhas sob a terra, toupeiras e outros bichos similares. Flores fazem obedientes reverências, quando o mago passa por elas. Olhos de mandrágoras seguem-no a pouca altura acima do solo, enquanto em outra parte um arbusto sustenta esporos com a forma de cachimbo, sussurrando uma música em homenagem à Velha Terra, que agora está em agonia.
Mazirian busca algo: uma criatura semelhante a uma mulher, rindo e cautelosa, sobre um cavalo negro. Sempre escapa dele, mesmo ele tentando apanhá-la com teimosia. Seus encantamentos de imobilização são inúteis, a mulher sempre foge. O que fazer? O mago receia que alguém tenha enviado a criatura. Azvan, o Astrônomo, seria ele? Mazirian atormenta-o, aprisionado em um cubo de cristal, através de batidas em um gongo, que ressoam na mente do prisioneiro. Não, ele não aguenta as batidas... não foi ele, e Mazirian, vendo que a tortura não surtiria efeito, desiste de Azvan. Talvez o príncipe Kandive, o Dourado, de quem o mago roubara o segredo da juventude eterna. Ou Turjan... conhecedor do segredo da vida, que sabia como dá-lo a criaturas inanimadas.
Mazirian aprisionou Tujan, que vivia em seu castelo Miir, junto ao rio Derna, e reduziu-lhe o tamanho até ficar menor que a palma da mão do mago. Colocou-o em uma caixa de quatro lados, com uma cobertura de vidro. Diametralmente oposto a Turjan, fora posto um dragão, maior que Turjan. Este perseguia o herói, que por pouco não era apanhado pelas mandíbulas mortais do dragãozinho. Mazirian, de tempos em tempos, colocava uma divisória entre os dois oponentes, para que descansassem, comessem carne e bebessem água. Desejando colocar as mãos na criatura-mulher, Mazirian pergunta a Turjan como pode alcançá-la. Este diz para usar as Botas da Vida, que proporcionavam enorme velocidade a quem as usasse. O mago pergunta ao herói, mais uma vez, qual o segredo da vida. Este se nega a responder, argumentando que o outro o mataria, tão logo fosse revelado o mistério. Mazirian fala, então, que irá acrescentar à noite mais um lado à caixa, transformando-a em um pentágono. Seria muito mais difícil, então, para Turjan, escapar do dragão.
E Mazirian parte no encalço de seu alvo. Após correr velozmente atrás da mulher que cavalgava, forçando as Botas da Vida a perderem completamente sua vitalidade e definharem, ele utiliza uma série de encantamentos para capturar sua vítima. Esta traz consigo feitiços que anulam os do mago. Até que a perseguição chega ao final, com a morte de Mazirian, vítima de cipós que chicoteavam quem passasse por baixo deles. A mulher foge e entra na casa de Mazirian. Liberta Turjan e desfalece, caindo morta a seus pés. Turjan faz uma promessa, a ele, e à mulher: daria vida novamente a ela, T’sain, criação sua e que tinha dado sua vida em troca da liberdade de Turjan.
Seria um ato de grande nobreza, sem dúvida.
Sobre Roberto Fiori:
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.
Escritor de Literatura Fantástica. Natural de São Paulo, reside atualmente em Vargem Grande Paulista, no Estado de São Paulo. Graduou-se na FATEC – SP e trabalhou por anos como free-lancer em Informática. Estudou pintura a óleo. Hoje, dedica-se somente à literatura, tendo como hobby sua guitarra elétrica. Estudou literatura com o escritor, poeta, cineasta e pintor André Carneiro, na Oficina da Palavra, em São Paulo. Mas Roberto não é somente aficionado por Ficção Científica, Fantasia e Horror. Admira toda forma de arte, arte que, segundo o escritor, quando realizada com bom gosto e técnica apurada, torna-se uma manifestação do espírito elevada e extremamente valiosa.
Sobre o livro “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, do autor Roberto Fiori:
Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.
Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.
Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.
Sinopse: Contos instigantes, com o poder de tele transporte às mais remotas fronteiras de nosso Universo e diferentes dimensões.
Assim é “Futuro! – contos fantásticos de outros lugares e outros tempos”, uma celebração à humanidade, uma raça que, através de suas conquistas, demonstra que deseja tudo, menos permanecer parada no tempo e espaço.
Dizem que duas pessoas podem fazer a diferença, quando no espaço e na Terra parece não haver mais nenhuma esperança de paz. Histórias de conquistas e derrotas fenomenais. Do avanço inexorável de uma raça exótica que jamais será derrotada... Ou a fantasia que conta a chegada de um povo que, em tempos remotos, ameaçou o Homem e tinha tudo para destruí-lo. Esses são relatos dos tempos em que o futuro do Homem se dispunha em um xadrez interplanetário, onde Marte era uma potência econômica e militar, e a Terra, um mero aprendiz neste jogo de vida e morte... Ou, em outro mundo, permanece o aviso de que um dia o sistema solar não mais existirá, morte e destruição esperando pelos habitantes da Terra.
Através desta obra, será impossível o leitor não lembrar de quando o ser humano enviou o primeiro satélite artificial para a órbita — o Sputnik —, o primeiro cosmonauta a orbitar a Terra — Yuri Alekseievitch Gagarin — e deu-se o primeiro pouso do Homem na Lua, na missão Apollo 11.
O livro traz à tona feitos gloriosos da Humanidade, que conseguirá tudo o que almeja, se o destino e os deuses permitirem.
Para adquirir o livro:
Diretamente com o autor: spbras2000@gmail.com
Livro Impresso:
Na editora, pelo link: Clique aqui.
No site da Submarino: Clique aqui.
No site das americanas.com: Clique aqui.
Eu me lembro desse livro e desse capítulo. Já faz muito tempo que eu o li e o seu artigo trouxe ótimas lembranças. Muito obrigado! Ótimo artigo!
ResponderExcluirUm livro mágico, A Agonia da Terra. Contos-capítulos fantasticamente bem estruturados. Um escritor de peso. Obrigado pelos elogios, Maurício!!
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