Camilla Feltrin - Foto divulgação |
Camilla Feltrin é jornalista, tem 25 anos e trabalhou em diferentes veículos de comunicação, inclusive do ABC. Atualmente vive como free-lancer.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seu livro "Vamos procurar satélites e outras histórias" (Patuá). Por que o tema de seus contos é o amor? Quanto tempo demorou para escrevê-lo? Foi fácil encontrar uma editora?
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre seu livro "Vamos procurar satélites e outras histórias" (Patuá). Por que o tema de seus contos é o amor? Quanto tempo demorou para escrevê-lo? Foi fácil encontrar uma editora?
Meu primeiro livro reúne algumas tristes e divertidas histórias de amor. Reparei que já tinha alguns contos prontos a respeito desta temática e achei bom seguir a linha para ter uma publicação coerente. É um bom tema porque todo mundo, rico ou pobre, sabe do que se trata. É universal. Escrevi a maioria dos contos em 2016 e foi razoavelmente fácil encontrar uma editora porque eu já conhecia o trabalho da Patuá e achei que minha proposta se encaixava com a deles.
Qual o motivo que a levou a escrevê-lo?
Me animei com um concurso de contos promovido pela prefeitura de São Bernardo (SP) em 2016. Era uma época que eu tinha mais tempo livre para me dedicar a eles. Inscrevi dois contos, que constam no Vamos procurar satélites, neste concurso e me empolguei em escrever mais histórias.
Como vê a literatura nacional contemporânea? E o mercado de e-books?
Gosto da produção atual brasileira, sempre surgem autores com ideias diferentes. Consumo e-books, sobretudo de autores de fora do Brasil que ainda não foram traduzidos, e quando estou com pressa de ler algo também opto pelos livros virtuais. Acho excelente usar o Kindle no dia a dia, mas não acho que ele vá substituir os livros convencionais nunca. Há espaço para todos.
Para você, o que é ser escritora?
Procurar boas histórias que estão vagando por aí e contá-las da melhor maneira possível. A ficção ajuda a entender a realidade na medida em que podemos editar acontecimentos, incluir ações e dar destaques para certos detalhes. Ser escritora é mais do que digitar palavras. É algo relacionado ao pensamento e interpretação do mundo.
Como analisa a questão da leitura no Brasil?
Os dados mostram que o brasileiro lê pouco em comparação a outros povos. Na Argentina e Uruguai, por exemplo, é muito interessante ver as pessoas com livros e jornais nas mãos em parques, cafés, nas ruas. Claro que esse tipo de cena também é vista no Brasil, mas creio que com menos frequência e em círculos restritos. A questão da falta de leitura é reflexo da educação de baixa qualidade para a maior parte da população e isso é muito triste. Não tenho ideia de como resolver esse assunto a não ser por mais investimento na educação básica e transformar as pessoas em seres críticos e que possam desenvolver seus gostos pessoais, como leitura, por exemplo.
A TV e outras mídias concorrem para que sejamos um país que não lê?
Não acredito que a TV, smartphones e outras mídias concorrem em tempo com a leitura. São prazeres diferentes que podem existir simultaneamente. Ocorre que as pessoas não são incentivadas a terem o hábito de leitura. É um problema histórico e estrutural, que só vai ser resolvido quando o país tiver um sistema educacional melhor. E sejamos sinceros: nunca. Diante disso, acredito que pequenas ações podem tentar furar esse bloqueio, como doação de livros e falar sobre leitura e literatura de um jeito agradável para os jovens.
O que tem lido ultimamente?
Tenho lido alguns autores latinos contemporâneos, com destaque para os mexicanos Valeria Luiselli e Juan Pablo Villalobos. O último livro que li foi Tiempo Muerto, da colombiana Margarita García Robayo.
Quais são os seus próximos projetos?
Continuo editando o Granada, um zine virtual focado na produção de mulheres. Postamos a versão completa no nosso site (www.zinegranada.com.br) e também pelo Facebook (facebook.com/zinegranada). Tenho alguns projetos em andamento, mas nada muito certo.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2106), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
Qual o motivo que a levou a escrevê-lo?
Me animei com um concurso de contos promovido pela prefeitura de São Bernardo (SP) em 2016. Era uma época que eu tinha mais tempo livre para me dedicar a eles. Inscrevi dois contos, que constam no Vamos procurar satélites, neste concurso e me empolguei em escrever mais histórias.
Como vê a literatura nacional contemporânea? E o mercado de e-books?
Gosto da produção atual brasileira, sempre surgem autores com ideias diferentes. Consumo e-books, sobretudo de autores de fora do Brasil que ainda não foram traduzidos, e quando estou com pressa de ler algo também opto pelos livros virtuais. Acho excelente usar o Kindle no dia a dia, mas não acho que ele vá substituir os livros convencionais nunca. Há espaço para todos.
Para você, o que é ser escritora?
Procurar boas histórias que estão vagando por aí e contá-las da melhor maneira possível. A ficção ajuda a entender a realidade na medida em que podemos editar acontecimentos, incluir ações e dar destaques para certos detalhes. Ser escritora é mais do que digitar palavras. É algo relacionado ao pensamento e interpretação do mundo.
Como analisa a questão da leitura no Brasil?
Os dados mostram que o brasileiro lê pouco em comparação a outros povos. Na Argentina e Uruguai, por exemplo, é muito interessante ver as pessoas com livros e jornais nas mãos em parques, cafés, nas ruas. Claro que esse tipo de cena também é vista no Brasil, mas creio que com menos frequência e em círculos restritos. A questão da falta de leitura é reflexo da educação de baixa qualidade para a maior parte da população e isso é muito triste. Não tenho ideia de como resolver esse assunto a não ser por mais investimento na educação básica e transformar as pessoas em seres críticos e que possam desenvolver seus gostos pessoais, como leitura, por exemplo.
A TV e outras mídias concorrem para que sejamos um país que não lê?
Não acredito que a TV, smartphones e outras mídias concorrem em tempo com a leitura. São prazeres diferentes que podem existir simultaneamente. Ocorre que as pessoas não são incentivadas a terem o hábito de leitura. É um problema histórico e estrutural, que só vai ser resolvido quando o país tiver um sistema educacional melhor. E sejamos sinceros: nunca. Diante disso, acredito que pequenas ações podem tentar furar esse bloqueio, como doação de livros e falar sobre leitura e literatura de um jeito agradável para os jovens.
O que tem lido ultimamente?
Tenho lido alguns autores latinos contemporâneos, com destaque para os mexicanos Valeria Luiselli e Juan Pablo Villalobos. O último livro que li foi Tiempo Muerto, da colombiana Margarita García Robayo.
Quais são os seus próximos projetos?
Continuo editando o Granada, um zine virtual focado na produção de mulheres. Postamos a versão completa no nosso site (www.zinegranada.com.br) e também pelo Facebook (facebook.com/zinegranada). Tenho alguns projetos em andamento, mas nada muito certo.
*Sérgio Simka é professor universitário desde 1999. Autor de cinco dezenas de livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual, literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a coleção Mistério, publicada pela Editora Uirapuru.
Cida Simka é licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP). Coautora do livro Ética como substantivo concreto (Wak, 2014) e autora dos livros O acordo ortográfico da língua portuguesa na prática (Wak, 2106), O enigma da velha casa (Uirapuru, 2016) e “Nóis sabe português” (Wak, 2017).
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