Martinho da Vila - Foto divulgação |
Martinho da Vila (Martinho José Ferreira) nasceu em Duas Barras (RJ) em 1938. É membro da Academia Carioca de Letras e da Divine Académie Française des Arts, Letres e Culture. Entre suas obras destacam-se Os lusófonos, Ópera negra, Joana e Joanes – um romance fluminense, Barras, vilas & amores, Fantasias, crenças e crendices, Kizombas, andanças e festanças. Alguns destes títulos foram traduzidos para o francês e, pela Editora Malê, lança seu 15º livro: Conversas Cariocas, uma antologia de crônicas.
Fixando seu olhar a partir da Cidade Maravilhosa, Martinho observa as relações humanas e as mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais ocorridas no Brasil. Conversas Cariocas traz textos leves, escritos a partir de vivências do autor nas ruas do Rio, nas quadras das escolas de samba, em suas viagens pelo mundo e em seu refúgio em Duas Barras, cidade no interior do estado do Rio de Janeiro. O autor apresenta reflexões sobre o amor, a fé, a paternidade, a música, entre outras.
Esse é o primeiro livro de crônicas de Martinho da Vila. “Escrever, assim como compor, é um exercício árduo, que requer muita disciplina. Mas a crônica é um estilo que me ajuda. Escrever crônica, para mim, é até mais fácil que compor um samba”, revela.
CONFIRA ENTREVISTA EXCLUSIVA CEDIDA PARA A NOSSA REVISTA:
Conexão Literatura: Sambista consagrado, hoje o senhor é membro da Academia Carioca de Letras e da Divine Académie Française des Arts, Letres e Culture. Como foi o início da sua trajetória até a literatura?
Martinho da Vila: Comecei escrevendo sinopse de enredos para escolas de samba. Depois artigos para revistas e crônicas esportivas para o Jornal A Notícia. Iniciei na literatura com o livro infanto-juvenil Vamos Brincar de Política.
Conexão Literatura: Referente à sua frase “Escrever, assim como compor, é um exercício árduo, que requer muita disciplina. Mas a crônica é um estilo que me ajuda. Escrever crônica, para mim, é até mais fácil que compor um samba”, poderia comentar?
Martinho da Vila: Eu me refiro à disciplina, no sentido da submissão à constância na ação da escrita. Ser cronista semanal me ajudou no aprimoramento da arte de escrever
Compor um samba é mais difícil do que escrever uma crônica porque exige maior capacidade de síntese.
Fixando seu olhar a partir da Cidade Maravilhosa, Martinho observa as relações humanas e as mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais ocorridas no Brasil. Conversas Cariocas traz textos leves, escritos a partir de vivências do autor nas ruas do Rio, nas quadras das escolas de samba, em suas viagens pelo mundo e em seu refúgio em Duas Barras, cidade no interior do estado do Rio de Janeiro. O autor apresenta reflexões sobre o amor, a fé, a paternidade, a música, entre outras.
Esse é o primeiro livro de crônicas de Martinho da Vila. “Escrever, assim como compor, é um exercício árduo, que requer muita disciplina. Mas a crônica é um estilo que me ajuda. Escrever crônica, para mim, é até mais fácil que compor um samba”, revela.
CONFIRA ENTREVISTA EXCLUSIVA CEDIDA PARA A NOSSA REVISTA:
Conexão Literatura: Sambista consagrado, hoje o senhor é membro da Academia Carioca de Letras e da Divine Académie Française des Arts, Letres e Culture. Como foi o início da sua trajetória até a literatura?
Martinho da Vila: Comecei escrevendo sinopse de enredos para escolas de samba. Depois artigos para revistas e crônicas esportivas para o Jornal A Notícia. Iniciei na literatura com o livro infanto-juvenil Vamos Brincar de Política.
Conexão Literatura: Referente à sua frase “Escrever, assim como compor, é um exercício árduo, que requer muita disciplina. Mas a crônica é um estilo que me ajuda. Escrever crônica, para mim, é até mais fácil que compor um samba”, poderia comentar?
Martinho da Vila: Eu me refiro à disciplina, no sentido da submissão à constância na ação da escrita. Ser cronista semanal me ajudou no aprimoramento da arte de escrever
Compor um samba é mais difícil do que escrever uma crônica porque exige maior capacidade de síntese.
Conexão Literatura: Conversas Cariocas é seu 15º livro, sendo o primeiro de crônicas. Entre seus livros, estão Os lusófonos, Ópera negra, Joana e Joanes – um romance fluminense, Barras, vilas & amores, Fantasias, crenças e crendices, Kizombas, andanças e festanças, sendo que alguns destes títulos foram traduzidos para o francês. Qual ou quais dos seus livros mais lhe marcou e por quê?
Martinho da Vila: Gosto de reler livros que gostei e que escrevi porque nas releituras se observa nuances importantes que passaram despercebidas, inclusive nos meus. Um dos que mais me emociona é o Joanes e Joana, meu primeiro romance que foi reeditado na França.
Conexão Literatura: Conversas Cariocas traz textos escritos a partir de suas vivências nas ruas do Rio de Janeiro. Poderia comentar ou destacar um trecho de uma de suas crônicas?
Martinho da Vila: Não sou muito bom para destacar algo no universo de tantas crônicas escritas; gosto sinceramente de todas. Melhor deixar ao leitor destacar a que mais gostar, senão pode até parecer que me ative em uma no lugar de outra.
Conexão Literatura: A escola de samba Unidos de Vila Isabel, da qual o senhor está envolvido desde 1965, é também comentada neste seu novo livro?
Martinho da Vila: Sim, em várias. Não há como ela estar fora. Vila Isabel, Noel Rosa, o sampa e a minha escola, fazem parte presente da minha vida.
Martinho da Vila: Gosto de reler livros que gostei e que escrevi porque nas releituras se observa nuances importantes que passaram despercebidas, inclusive nos meus. Um dos que mais me emociona é o Joanes e Joana, meu primeiro romance que foi reeditado na França.
Conexão Literatura: Conversas Cariocas traz textos escritos a partir de suas vivências nas ruas do Rio de Janeiro. Poderia comentar ou destacar um trecho de uma de suas crônicas?
Martinho da Vila: Não sou muito bom para destacar algo no universo de tantas crônicas escritas; gosto sinceramente de todas. Melhor deixar ao leitor destacar a que mais gostar, senão pode até parecer que me ative em uma no lugar de outra.
Conexão Literatura: A escola de samba Unidos de Vila Isabel, da qual o senhor está envolvido desde 1965, é também comentada neste seu novo livro?
Martinho da Vila: Sim, em várias. Não há como ela estar fora. Vila Isabel, Noel Rosa, o sampa e a minha escola, fazem parte presente da minha vida.
Conexão Literatura: Um projeto do qual o parabenizamos, o "Instituto Cultural Martinho da Vila". Poderia comentar sobre suas atividades e também dizer como ele surgiu?
Martinho da Vila: É uma ideia antiga que a minha mulher, Cléo Ferreira me incentivou a por em prática. Já tivemos cursos de alfabetização de adultos, de música, de dança, de teatro... Também oficina de artesanato. É muito difícil manter o Instituto. As atividades dependem de patrocínios.
Conexão Literatura: Como ativista do movimento negro o senhor luta pela igualdade racial e pela inclusão do negro no mercado de trabalho. O senhor já chegou a mencionar que existem hotéis que sequer possuem um atendente negro. O senhor acha que a mentalidade do povo brasileiro vai e pode mudar essa questão?
Martinho da Vila: Já foram obtidos alguns avanços, mas ainda temos muitos empresários com mentalidade retrógrada. Há muitas empresas que não empregam negros.
Conexão Literatura: Certamente o senhor não irá parar no seu 15º livro. Já existe um novo em pauta?
Martinho da Vila: No próximo ano alguns dos meus livros serão reeditados pela SESI-SP Editora e a Lazuli vai lançar dois infanto-juvenis inéditos – Martinho Conta Noel e Martinho Conta Cartola.
Perguntas rápidas:
Um livro: Biografia de José do Patrocínio.
Um autor: Machado de Assis
Um ator ou atriz: Giovanna Ewbank
Um filme: “Cidade de Deus”.
Um dia especial: 20 de Novembro.
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Martinho da Vila: Não bem um comentário, mas um desejo, que não seja uma utopia: felicidade para as pessoas e paz no mundo.
Para baixar gratuitamente a edição nº 25 da Revista Conexão Literatura, com Martinho da Vila em destaque: clique aqui.
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