Victor Bonini - Foto Divulgação |
Ele acorda pensando em ideias para crimes perfeitos. Vai dormir lendo ficção policial ou de terror. O catálogo de filmes é quase todo formado por suspenses. E é assim desde criança, quando ele pediu aos pais para que o tema de sua festa de aniversário de sete anos fosse o filme Pânico. Este é Victor Bonini. Ele nasceu em São Paulo, mas mudou-se para Vinhedo, no interior do estado, aos seis anos. Viveu lá até os dezoito, quando voltou a São Paulo para estudar jornalismo. Formou-se e passou a morar e trabalhar na capital paulista. Hoje com 24 anos, ama o jornalismo e a literatura. Acredita que um complementa o outro. E está lançando seu segundo romance policial, O Casamento: uma investigação no meio de uma cerimônia.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Victor Bonini: Consumo romances policiais desde pequeno. Antes, até, eu era o tipo de criança que amava assistir Scooby-Doo, para você ter ideia... Sempre curti mistério. Então, para mim, foi algo muito natural. Quando percebi, já estava pensando nas minhas próprias histórias. Decidi tentar e colocar tudo no papel. Escrevi meu primeiro livro aos 15 anos e embalei outro em seguida. São dois livros whodunits tipicamente ingleses (aqueles em que o leitor tem que descobrir o assassino junto com o detetive). Claro que hoje percebo o quanto essas duas histórias são imaturas. Mas foram ótimas práticas para que, em 2013, eu tivesse fôlego e boa noção para começar a escrever Colega de Quarto, meu primeiro livro, que publiquei em 2015 pela Faro Editorial.
ENTREVISTA:
Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?
Victor Bonini: Consumo romances policiais desde pequeno. Antes, até, eu era o tipo de criança que amava assistir Scooby-Doo, para você ter ideia... Sempre curti mistério. Então, para mim, foi algo muito natural. Quando percebi, já estava pensando nas minhas próprias histórias. Decidi tentar e colocar tudo no papel. Escrevi meu primeiro livro aos 15 anos e embalei outro em seguida. São dois livros whodunits tipicamente ingleses (aqueles em que o leitor tem que descobrir o assassino junto com o detetive). Claro que hoje percebo o quanto essas duas histórias são imaturas. Mas foram ótimas práticas para que, em 2013, eu tivesse fôlego e boa noção para começar a escrever Colega de Quarto, meu primeiro livro, que publiquei em 2015 pela Faro Editorial.
Conexão Literatura: Você já passou por grandes redações, como a TV Globo (SP), GloboNews e Revista Veja, mas antes disso escreveu para sua conclusão de curso sobre o caso Pesseghini, um crime que chocou o país em 2013. A sua profissão influencia em seus textos?
Victor Bonini: Sim, bastante. Nem muito porque tiro as ideias do trabalho, mas porque, por meio dele, aprendo como as coisas funcionam. O jornalista precisa entender sobre as polícias militar e civil, o ministério público, a defensoria pública, o inquérito policial... Ou seja, corporações e instrumentos que compõem uma investigação. E meus livros tratam de crimes. Nesse sentido, faço questão de ser muito verossímil. O leitor percebe isso e gosta.
Conexão Literatura: Você é autor do livro “Colega de Quarto” (Faro Editorial). Poderia comentar?
Victor Bonini: Colega de Quarto começou na minha cabeça como um conto. Eu tinha uma trama feita: começo, meio e fim. Calculei que daria uma história de 50 páginas. Eis que, quando dei por mim, já tinha pensado em várias ideias... E eu estava escrevendo algo que daria mais de 250 páginas, definitivamente.
Ele tem um pouco do meu dia a dia. No livro, o estudante Eric Schatz, que mora sozinho em São Paulo, começa a escutar barulhos durante a noite e encontrar evidências no seu apartamento de que tem mais alguém morando com ele. Algo como um colega de quarto invisível. Uma brincadeira? Uma invenção da mente? Ou algo sobrenatural? O mistério se desenrola a partir do momento em que o Eric, totalmente desestabilizado, se suicida.
Acontece que morei por quatro anos na Avenida Paulista, em São Paulo. É uma das mais movimentadas vias da capital paulista. Imagine, então, quantos barulhos eu escutava durante o dia todo. Era curioso e meio sinistro. Daí a inspiração.
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Victor Bonini: Os meus dois livros surgiram primeiro na minha cabeça, completos, e depois é que fui pesquisar. Conversei com advogados e policiais (para compor o inquérito policial) e fui a campo. No caso de O Casamento, por exemplo, visitei uma pousada em Joanópolis, às margens da represa Jaguari-Jacareí, com ampla área verde. É uma inspiração para o hotel-fazenda onde o casamento do livro ocorre. Já Colega de Quarto tem várias réplicas de prédios e paisagens de São Paulo.
Mas é bom frisar: pesquisei o necessário para embasar com bastante firmeza a minha história. E só. A partir do momento em que tinha o suficiente, me dei por satisfeito, porque acredito que, quando o autor se perde muito nas pesquisas, corre o risco de reproduzir informações técnicas e genéricas que acabam não tendo nada a ver com a história. O leitor pode se perder. E a história é, sem dúvida, o mais importante.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?
Victor Bonini: Vou ser sincero: sempre fui muito fã de cenas de morte no romance policial! Nem muito pela violência, e sim pelo mistério. É na hora do crime que o leitor se dá conta de que, de fato, um dos personagens que conhece é um criminoso. É como se o perigo estivesse ali, ao lado, tangível. Então posso dizer que me diverti muito escrevendo especialmente duas cenas em O Casamento. Uma que fecha a parte um, outra que fecha a parte dois. Nelas, os convidados são postos em conjunto – situações extremamente desconfortáveis – e ambas se fecham em inexplicáveis assassinatos. Escrever cenas assim é, no mínimo, especial. Sobe a adrenalina, eu fico animado, tenso, coloco música... É bem intenso!
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Victor Bonini: O Casamento e Colega de Quarto já estão nas lojas! Ambos pela Faro Editorial. Leiam e me deem opiniões, berros, lágrimas, xingamentos... Convido todo o mundo a curtir as minhas páginas e falar comigo por lá.
instagram: boninivictor
facebook.com/victorbonini
twitter: @boninivictor
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Victor Bonini: Opa! Literatura é viciante. Já tenho no mínimo mais dois projetos para o futuro. E, se bem me conheço, sei que os projetos só vão se multiplicar depois disso...
Perguntas rápidas:
Um livro: E não sobrou nenhum/O caso dos dez negrinhos
Um (a) autor (a): Stephen King
Um ator ou atriz: Selton Mello
Um filme: Harry Potter (todos, filmes, livros, tudo)
Um dia especial: Sexta-feira 13! Terminei os meus dois livros, por coincidência, em sextas-feiras 13. E detalhe: existe uma no livro O Casamento!
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Victor Bonini: Sei que muitos aspirantes a escritor estão lendo isto. Gostaria de deixar um recado: siga em frente, se é isso mesmo o que você quer! Falo isso porque há seis anos eu fazia parte (ainda faço, na verdade) de um grupo de Agatha Christie e me lembro que, além de mim, outros dois amigos desse grupo queriam muito entrar nesse mercado que, à época, parecia tão distante. Eles se chamam Raphael Montes e Tito Prates. O Raphael, hoje, é um dos principais expoentes da literatura policial brasileira. O Tito virou um sucesso com seus livros sobre Agatha Christie e suas próprias histórias de mistério. E eu consegui publicar também. Engraçado como parecia impossível... E hoje, estamos trilhando caminhos próprios. Fico muito feliz com isso!
Victor Bonini: Sim, bastante. Nem muito porque tiro as ideias do trabalho, mas porque, por meio dele, aprendo como as coisas funcionam. O jornalista precisa entender sobre as polícias militar e civil, o ministério público, a defensoria pública, o inquérito policial... Ou seja, corporações e instrumentos que compõem uma investigação. E meus livros tratam de crimes. Nesse sentido, faço questão de ser muito verossímil. O leitor percebe isso e gosta.
Conexão Literatura: Você é autor do livro “Colega de Quarto” (Faro Editorial). Poderia comentar?
Victor Bonini: Colega de Quarto começou na minha cabeça como um conto. Eu tinha uma trama feita: começo, meio e fim. Calculei que daria uma história de 50 páginas. Eis que, quando dei por mim, já tinha pensado em várias ideias... E eu estava escrevendo algo que daria mais de 250 páginas, definitivamente.
Ele tem um pouco do meu dia a dia. No livro, o estudante Eric Schatz, que mora sozinho em São Paulo, começa a escutar barulhos durante a noite e encontrar evidências no seu apartamento de que tem mais alguém morando com ele. Algo como um colega de quarto invisível. Uma brincadeira? Uma invenção da mente? Ou algo sobrenatural? O mistério se desenrola a partir do momento em que o Eric, totalmente desestabilizado, se suicida.
Acontece que morei por quatro anos na Avenida Paulista, em São Paulo. É uma das mais movimentadas vias da capital paulista. Imagine, então, quantos barulhos eu escutava durante o dia todo. Era curioso e meio sinistro. Daí a inspiração.
Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?
Victor Bonini: Os meus dois livros surgiram primeiro na minha cabeça, completos, e depois é que fui pesquisar. Conversei com advogados e policiais (para compor o inquérito policial) e fui a campo. No caso de O Casamento, por exemplo, visitei uma pousada em Joanópolis, às margens da represa Jaguari-Jacareí, com ampla área verde. É uma inspiração para o hotel-fazenda onde o casamento do livro ocorre. Já Colega de Quarto tem várias réplicas de prédios e paisagens de São Paulo.
Mas é bom frisar: pesquisei o necessário para embasar com bastante firmeza a minha história. E só. A partir do momento em que tinha o suficiente, me dei por satisfeito, porque acredito que, quando o autor se perde muito nas pesquisas, corre o risco de reproduzir informações técnicas e genéricas que acabam não tendo nada a ver com a história. O leitor pode se perder. E a história é, sem dúvida, o mais importante.
Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?
Victor Bonini: Vou ser sincero: sempre fui muito fã de cenas de morte no romance policial! Nem muito pela violência, e sim pelo mistério. É na hora do crime que o leitor se dá conta de que, de fato, um dos personagens que conhece é um criminoso. É como se o perigo estivesse ali, ao lado, tangível. Então posso dizer que me diverti muito escrevendo especialmente duas cenas em O Casamento. Uma que fecha a parte um, outra que fecha a parte dois. Nelas, os convidados são postos em conjunto – situações extremamente desconfortáveis – e ambas se fecham em inexplicáveis assassinatos. Escrever cenas assim é, no mínimo, especial. Sobe a adrenalina, eu fico animado, tenso, coloco música... É bem intenso!
Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?
Victor Bonini: O Casamento e Colega de Quarto já estão nas lojas! Ambos pela Faro Editorial. Leiam e me deem opiniões, berros, lágrimas, xingamentos... Convido todo o mundo a curtir as minhas páginas e falar comigo por lá.
instagram: boninivictor
facebook.com/victorbonini
twitter: @boninivictor
Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?
Victor Bonini: Opa! Literatura é viciante. Já tenho no mínimo mais dois projetos para o futuro. E, se bem me conheço, sei que os projetos só vão se multiplicar depois disso...
Perguntas rápidas:
Um livro: E não sobrou nenhum/O caso dos dez negrinhos
Um (a) autor (a): Stephen King
Um ator ou atriz: Selton Mello
Um filme: Harry Potter (todos, filmes, livros, tudo)
Um dia especial: Sexta-feira 13! Terminei os meus dois livros, por coincidência, em sextas-feiras 13. E detalhe: existe uma no livro O Casamento!
Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?
Victor Bonini: Sei que muitos aspirantes a escritor estão lendo isto. Gostaria de deixar um recado: siga em frente, se é isso mesmo o que você quer! Falo isso porque há seis anos eu fazia parte (ainda faço, na verdade) de um grupo de Agatha Christie e me lembro que, além de mim, outros dois amigos desse grupo queriam muito entrar nesse mercado que, à época, parecia tão distante. Eles se chamam Raphael Montes e Tito Prates. O Raphael, hoje, é um dos principais expoentes da literatura policial brasileira. O Tito virou um sucesso com seus livros sobre Agatha Christie e suas próprias histórias de mistério. E eu consegui publicar também. Engraçado como parecia impossível... E hoje, estamos trilhando caminhos próprios. Fico muito feliz com isso!
Para saber mais sobre os livros de Victor Bonini, acesse: http://faroeditorial.com.br
Excelente!
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