João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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segunda-feira, 19 de junho de 2017

Entrevistado, Emerson Sarmento comenta sobre o seu livro Cromossonhos

Natural de Recife, o poeta e cantautor Emerson Sarmento ganhou em 2011 o Festival de Música Carnavalesca do Recife, época em que marcou presença no FIG e outros festivais locais.
Com a poesia, concorreu ao Prêmio SESC de literatura. Na Era do Orkut ganhou quatro concursos nacionais promovidos pelas comunidades literárias. Já foi homenageado num sarau em Natal durante o qual seus poemas foram lidos por poetas locais. Em 2012, lançou seu primeiro livro Perfume do Sangue pela editora Moinhos de Vento e em 2016 publicou pela Editora Penalux sua segunda obra Cromossonhos.

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

Emerson Sarmento: Eu caí de paraquedas na literatura porque alguns fatores foram fundamentais para minha iniciação como poeta. Enfatizo três desses fatores por considera-los os mais importantes: o incentivo de leituras literárias por parte dos meus pais, a influência de um primo que é um grande escritor, Tadeu Sarmento. Costumo dizer que Tadeu foi o E.T.A Hoffmann da minha infância porque ele tinha o costume de criar histórias absurdas de terror para me contar nas noites dos fins de semana na casa de nossa avó. Aquilo tudo me assombrava, mas, literariamente, me fez muito bem. Despertou-me coragem para enfrentar o mundo literário, pois nesse mundo o leitor encontra de um tudo. Além disso, acredito que ativou em mim o “ imaginar sem limites”. Isso foi essencial para minha imaginação no ato de criar. O último fator foi o mais importante para o hábito de escrever, que foi a timidez. Explico a relação entre hábito da escrita com a timidez: na adolescência eu tive muito problema para expressar o que eu sentia. Era uma tortura. Eu ficava anestesiado diante dessa situação. Então descobri o quanto eu ficava satisfeito em escrever o que sentia para a menina que eu estava afim. Desde então criei esse hábito. Passei a escrever sonetos e mostrá-los na internet e aos 16 anos recebi um convite para escrever mensalmente para o Blog Vale das Sombras. A timidez acabou, porém a necessidade de escrever agora é exclusivamente literária.

Conexão Literatura: Em 2011, você ganhou o Festival de Música Carnavalesca do Recife. Fale mais pra gente sobre o festival e sobre a música vencedora.

Emerson Sarmento: Bom, esse Festival contribuía bastante para a cultura pernambucana, pois envolvia vários ritmos oriundo da terra. O festival abraçava frevo, maracatu e caboclinho, com a proposta de incentivar novas composições e novos compositores. No fim eram 15 músicas vencedoras onde as quais iriam compor um disco para o carnaval do ano seguinte. Infelizmente a prefeitura de Geraldo Júlio (PSB) cancelou o festival em 2012. Cheguei, inclusive, a fazer um abaixo assinado na tentativa de reverter o caso, porém o prefeito disse que Recife estava passando por uma crise e que não haveria mais a possibilidade de continuar com esse festival. Foi uma facada na cultura, mas o Brasil é cheio dessas coisas. Vai entender. Em relação a música, eu concorri na categoria Maracatu com a música Canto de Oxalá. Não pertenço à religião de matriz africana, mas sempre achei interessante a musicalidade deles e, então, decidi estudar sobre e compus a música. Para minha surpresa a música ficou em primeiro lugar, fiquei surpreso porque eu era o compositor mais novo (22 anos) naquele antro de feras. Geraldo Maia, um cantor que dispensa comentários,  ganhou como melhor interprete. Foi uma noite incrível.
Conexão Literatura: Você é autor do livro “Cromossonhos” (Editora Penalux). Poderia comentar?

Emerson Sarmento: Cromossonhos foi um livro que pensei bastante como seria. Passei um ano preso a ele. E cheguei a conclusão do que eu queria. Eu quis mostrar que dentro de uma obra poderia haver uma harmonia entre versos fixos e livres. O livro transita nesses dois mundos que parecem ter pouco diálogo no mundo literário. Inclusive no fim do livro eu escrevi um soneto mais modernizado para mostrar que pode existir uma unidade nessas duas estruturas. Em relação aos temas, eu escrevi basicamente sobre minha vida, minhas visões de mundo, sobre meus sonhos. O título do livro abraça tudo isso, pois esse neologismo envolve todo meu DNA poético, todos meus sonhos plurais e coloridos que embora sejam, muitas vezes, opostos, mas habitam em mim na mais perfeita sintonia.

Conexão Literatura: Como foram as suas pesquisas e quanto tempo levou para concluir seu livro?

Emerson Sarmento: Eu passei a ler bastante os modernos. Manuel Bandeira, Manoel de Barros, Mário de Andrade, Oswald, Drummond... quis estudar a forma como eles escreviam, como suas poesias se comportavam. Fiquei muito encantado em me aprofundar nesses autores, não só em suas obras, mas também na luta que cada um teve para que seus desejos e anseios fossem vistos. Foi um ganho intelectual maravilhoso para mim e para minha poesia.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho do qual você acha especial em seu livro?

Emerson Sarmento: Bom, diante da situação política do Brasil destaco o seguinte terceto do poema Elegia ao Brasil que é um apelo para o nosso país ressuscitar desse inferno que adormece tão tranquilo.

“ Clamar-te-ei, ó Brasil, em versos magistrais
renasça ferozmente na aurora dos gloriosos
porquanto, eis o meu luto – aqui o Brasil jaz!”

Conexão Literatura: Como o leitor interessado deverá proceder para adquirir um exemplar do seu livro e saber um pouco mais sobre você e o seu trabalho literário?

Emerson Sarmento: Ele pode entrar em contato comigo nas redes sociais (facebook, instagram) instagram : esarmento_ \ facebook : Emerson Sarmento
Mas o leitor poderá compra-lo pelo site da editora também. Nesse link:
http://www.editorapenalux.com.br/loja/product_info.php?products_id=474

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

Emerson Sarmento: Existem, um romance e um livro de crônicas. O livro de crônicas sairá primeiro e chama-se “Todo hipocondríaco é formado em medicina pelo Google” é um livro que foi inspirado nas “doenças” e “diagnósticos” cujos os mais lunáticos “especialistas”(internautas) vomitam nos portais de notícias. O título faz um diálogo com essa galera que propõe soluções inimagináveis para o momento social e político brasileiro.  Enquanto ao romance, ainda estou decidindo seu enredo, mas prometo marcar um café com você(s) para falarmos dele.

Perguntas rápidas:

Um livro: Crime e Castigo, Dostoievsky
Um (a) autor (a): Gabriel García Marquez
Um ator ou atriz: Brendan Fraser
Um filme: O sétimo selo, Direção: Ingmar Bergman
Um dia especial: 28 de março, nascimento do meu filho.

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

Emerson Sarmento: Gostaria de agradecer o espaço no Conexão Literatura. É muito importante os portais voltados para a literatura abrir os braços para que possa ter essa troca com os leitores. Obrigado.


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