João Barone, autor e membro da banda Os Paralamas do Sucesso, é destaque da nova edição da Revista Conexão Literatura – Setembro/nº 111

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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Entrevista com André Jorge Catalan Casagrande

André Jorge Catalan Casagrande é Mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2011). Especialista em História das Religiões pela Universidade Estadual de Maringá (2008). Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa pela Universidade Gama Filho (2009). Possui licenciatura plena em Letras: Português/Inglês e literaturas correspondentes pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Jandaia do Sul (2005) e bacharelado em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul (2002).

ENTREVISTA:

Conexão Literatura: Poderia contar para os nossos leitores como foi o seu início no meio literário?

André Jorge Catalan Casagrande: Em 1999 me mudei de Paranavaí, no noroeste do Paraná, para Campinas onde fui estudar Teologia. Aos 17 anos travei contato com os escritos e com a pessoa de Rubem Alves. Foi a partir de então que comecei a me entusiasmar com a literatura. Os autores amplamente citados por Rubem guiaram-me nos primeiros passos pelo universo literário. Guimarães Rosa, Adélia Prado, Manoel de Barros, Milan Kundera, Miguel de Unamuno - dentre outros autores - passaram a fazer parte da biblioteca que eu começava a formar. Terminado o curso de Teologia, ingressei na graduação em Letras e me aprofundei ainda mais nas leituras literárias. No tempo que vivi em Campinas esbocei alguns poemas despretensiosamente. Em 2011 publiquei um ensaio sobre o Cristo romanceado, intitulado Jesus na ótica da literatura. Apenas nos últimos anos me desafiei a escrever uma narrativa mais longa. Desta tentativa surgiu o romance A utópica Teresevile.

Conexão Literatura: Você lançou recentemente o livro "A utópica Teresevile" (Garimpo Editorial), poderia comentar?

André Jorge Catalan Casagrande: É um romance histórico sobre a implantação de uma colônia socialista e anti-escravocrata no interior do Paraná – em meados do século XIX - por Jean-Maurice Faivre médico da corte do imperador D. Pedro II. A ideia de escrevê-lo surgiu quando me mudei para a região Centro-Sul do Paraná (há aproximadamente 5 anos) e conheci o vilarejo de Tereza Cristina. Sua história praticamente desconhecida me encantou. O desprendimento e o idealismo de Faivre – movido pelo socialismo utópico anterior a Marx – me fascinaram. Como a colônia – a princípio – era formada basicamente por franceses o nome do livro “A utópica Teresevile” é uma referência a forma como os primeiros habitantes carinhosamente designavam o lugar: Terese ville ou vila Tereza. Eu construí a narrativa em terceira pessoa, intercalando capítulos em primeira pessoa com depoimentos de personagens históricos. Os leitores se depararão com a voz de D. Pedro II, da imperatriz Tereza Cristina, do patrono da independência José Bonifácio e do Barão de Antonina, dentre outros.

Conexão Literatura: Como foram suas pesquisas para tecer "A utópica Teresevile "?

André Jorge Catalan Casagrande: Estive em Tereza Cristina por 3 vezes. Minha esposa me acompanhou nestas expedições. Queria conhecer o lugar. Ouvir as pessoas. Conversei com o balseiro, seu Carlos, que me contou lendas da região e me levou a uma antiga casa abandonada. Tomei água sulfurosa direto da fonte. Fotografei a topografia do lugar. Tomei banho no rio Ivaí. Recorri ao único livro que conta a história de Tereza Cristina, Saga da Esperança, escrito por Josué Correa Fernandes (que se não me falhe a memória tem certa relação genealógica com a localidade). Posteriormente encaminhei os originais para ele. Os elogios dele ao contexto histórico e a construção da narrativa serviram de grande incentivo para que eu continuasse lapidando o texto. Além da questão histórica, eu precisava criar um ambiente rural de um tempo remoto: o século XIX. Então passei a anotar as conversas informais com os colonos de mais idade da cidade onde moro. Os relatos e causos que me foram contados se tornaram fontes relevantes para a escrita do romance.

Conexão Literatura: Poderia destacar um trecho de "A utópica Teresevile", especialmente para os nossos leitores?

André Jorge Catalan Casagrande: Destaco um parágrafo em primeira pessoa, do depoimento do Cônego designado para atender a colônia, e que esteve em Tereza Cristina pela primeira vez em julho de 1855: “Posso assegurar, sem reservas, que o socialismo de Faivre, vivido na colônia, era semelhante ao sistema comunal da igreja primitiva apresentada em Atos dos Apóstolos. Sua proposta primeira era propagar a felicidade - a todos os integrantes da colônia - num sistema de vida pautado pela solidariedade e pela generosidade, frutos do verdadeiro amor. A transformação da civilização deveria, portanto, emanar da bondade do coração humano. E, pelo que pude apurar, esse foi o motivo da escolha de um lugar tão retirado para a instauração de Tereza Cristina: somente distante do egoísmo e da competitividade inerente à antiga civilização seria possível reconstruir um novo modo de ser sobre a terra, mais fraterno, mais humano e, concomitantemente, mais divino”. 
 
Conexão Literatura: Como os interessados deverão proceder para adquirir um exemplar do seu livro?

André Jorge Catalan Casagrande: Meu livro se encontra disponível no site da Livraria Cultura e no site da Garimpo Editorial. Se quiserem exemplares autografados podem adquirir diretamente comigo: jorgecatalan@bol.com.br.

Conexão Literatura: Existem novos projetos em pauta?

André Jorge Catalan Casagrande: Todo mundo me pergunta isso. Tenho anotado ideias e insights que podem vir a se tornar literatura, mas nesse exato momento não tem me sobrado muito tempo para escrever. Estou priorizando meu doutoramento em Letras, onde estudo a recepção das obras de ficção de Frei Betto. Aliás, o próprio Frei Betto leu meu romance e endossa a narrativa com uma nota na quarta-capa.

Perguntas rápidas:

Um livro: O Filho Eterno (Cristovão Tezza)
Um(a) autor(a): Raduan Nassar, Frei Betto e Miguel Sanches Neto
Um cantor: Oswaldo Montenegro
Um filme: Como se fosse a primeira vez
Um dia especial: Todos os dias são especiais
Um desejo: um mundo mais justo e mais humano

Conexão Literatura: Deseja encerrar com mais algum comentário?

André Jorge Catalan Casagrande: Agradeço a Revista “Conexão Literatura” pelo convite para essa entrevista e pela oportunidade em divulgar meu romance. 

Participe da promoção cultural e concorra ao livro "A utópica Teresevile": Clique aqui.

Para adquirir o livro: Clique aqui.

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