O ano é 1873.
Carruagens, cavalos, cowboys, índios e mocinhas. Até então, nas
primeiras páginas, a HQ segue o padrão das histórias tradicionais de
bang-bang. Mas algo quebra o clima empoeirado, a presença alienígena de
uma nave tripulada que cai em nosso planeta. E apesar da queda ter
causado danos aos motores, os seres nada sofreram. E como já esperado,
eles são hostis. Acredito, pelo menos no meu ponto de vista, que o
título seria melhor como Cowboys Vs Aliens, e não Cowboys & Aliens
que deixa uma impressão de parceria e amizade entre humanos e
alienígenas. Não que isso não pudesse acontecer, mas a história mostra
outra coisa. O desenrolar ágil dos acontecimentos nos permite ler a HQ
de uma só vez, sem muita enrolação. Ação e aventura é o que certamente
não falta.
Gostei da citação da obra Da Terra à Lua,
do escritor Júlio Verne, assim como o enredo geral da história. Dou um
destaque para o colorista Andy Elder, que coloriu os quadrinhos de forma
bem agradável. A única coisa que não agradou muito foi a maneira como
as personagens aceitam a presença alienígena, como se fosse algo do
cotidiano, afinal, a aparência desses seres é anormal: monstros com
quatro braços, extremamente fortes, altos e com dentes proeminentes. A
linguagem adotada é contemporânea, e podemos encontrar palavras como
“cara” e “troço”, termos utilizados provavelmente para nos deixar mais
próximos das personagens, pois certamente a linguagem de quase 150 atrás
seria outra.
A HQ de luxo tem capa
dura e 112 páginas. No final, podemos encontrar também a biografia dos
autores, o que falta em muitas HQs, sendo um ponto superpositivo, pois
assim poderemos conhecer mais sobre os seus criadores e buscar outras de
suas obras.
Gostei da leitura. Recomendo.
0 comments:
Postar um comentário