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sexta-feira, 29 de setembro de 2023
Mauricio de Sousa na edição especial de nº 100 da Revista Conexão Literatura - Outubro
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Panini anuncia novidades de Marvel, Star Wars e outras linhas para dezembro
Nos anúncios de hoje (29), da Editora Panini, revelados em live que chegarão às bancas e livrarias no mês de dezembro, estão alguns títulos e novidades imperdíveis dos selos Marvel, Star Wars e Panini Comics.
O destaque de dezembro da linha Marvel fica com a equipe Vingadores, que terão três novidades especiais: o relançamento de Vingadores (2019) Vol 1, de 80 páginas, dos roteiristas Jed MacKay, Gerry Duggan e Al Ewing e os artistas Carlos Villa, Juan Frigeri e Martin Coccolo, onde vemos o mundo mais uma vez sob ameaça e uma nova formação de Vingadores se mobilizando para salvá-lo, o título Vingadores Sem limites, de Derek Landy e Greg Land, de 120 páginas, quando um ataque alienígena coloca o grupo em uma aventura gigantesca envolvendo uma cidade distorcida e uma Capitã Marvel com intenções assassinas; e, por último, Vingadores - Guerra Através do Tempo, com roteiro de Paul Levitz e arte de Alan Davis, com 136 páginas, que leva a equipe numa jornada de volta aos dias iniciais com a formação clássica que enfrentará Kang, o Conquistador.
Outros lançamentos também foram revelados pela equipe editorial da Panini, como Deadpool (2023) Vol 01, de 144 páginas, de Alyysa Wong, Geoff Shaw e Martin Coccolo; Rock Racúm e Groot - A Busca pelo Senhor das Estrelas, da roteirista Amanda Deibert e desenhos do artista Cam Kendell, numa edição de 80 páginas; As aventuras de Homem-Aranha, Cavaleiro da Lua, Wolverine, Viúva Negra na obra Mundo do Crime, contendo 112 páginas, numa história de Jimm Zub e Ray Fawkes, com arte de Jethro Morales, Farid Karami e Carlos Nieto; e Planeta Hulk - O Quebra Mundos, onde mil anos no futuro, no planeta Sakaar, uma jovem com pele esmeralda sai em busca do lendário Cicatriz Verde. O título conta com 120 páginas e tem o roteiro de Grek Pak com desenhos de Manuel Garcial e Ramon Bachs.
Já nas Edições Especiais, a Panini anunciou o Novo Quarteto Fantástico pela linha Lendas Marvel, de Peter David e Alan Robinson; Motoqueiro Fantasma; Wolverine, Justiceiro - Corações Sombrios do autor Howard Mackie e arte de John Romita e Ron Garney, pelo selo Marvel Vintage; Homem-Aranha: Tormento de Todd McFarlane, pela linha Marvel Essenciais; A Fúria do Punho de Ferro, de Doug Moench, Chris Claremont e Roy Thomas com desenhos de Larry Hama, John Byrne e Gil Kane; Fabulosos X-Men: Edição Definitiva Vol 08, novamente de Chris Claremont e os artistas Brent Anderson, Michael Golden e Dave Cockrum, e o Omnibus de Atos de Vingança, dos roteiristas John Byrne, Mark Gruenwald e David Michelinie e arte de Paul Ryan, John Byrne e Todd McFarlane.
Para o universo de Star Wars, foram revelados os lançamentos de Star Wars - O Império Vol 01, de 144 páginas, de John Ostrander, Welles Hartley e William Blackman, com arte do brasileiro Luke Ross e os artistas Doug Wheatley e Jim Hall. A obra trata da queda da República e o controle do Imperador sobre a Galáxia, quando os Jedis que restaram devem decidir se vão se manter fiéis à fé ou abandoná-la. E também Star Wars - O Império Vol 02, dessa vez, história escrita pelos autores Alexander Freed e William Blackman, com desenhos de Marco Castiello, Andrea Chella e Rick Leonardi. O título conta com 168 páginas e segue com Darth Vader e o expurgo de um planeta onde os Jedi são reverenciados e tem de lidar com a insurgência da população.
As obras Os Embaixadores, de Mark Millar com arte de Frank Quitely, Travis Chares e Olivier Coipel, de 184 páginas, também foi anunciada como lançamento do mês de dezembro, pelo selo Panini Comics. Assim como o terceiro volume do título BRZKR, de Keanu Reves e Matt Kindt e arte de Ton Garney; e o Omnibus de Conan o Bárbaro - A Era Clássica Vol 07, do autor Christopher Priest e desenhos de Val Semeiks, Ernie Chan e o renomado John Buscema, com 680 páginas.
Para mais informações sobre os títulos anunciados, confira os canais oficias da Panini.
Sobre a Panini:
O Grupo Panini é líder mundial no setor de colecionáveis e publicações, sendo a principal editora multinacional de quadrinhos, revistas infantis e mangás na Europa e na América Latina, e o maior fabricante de álbuns de figurinhas e cards colecionáveis do mundo. Criado há 60 anos em Modena, Itália, possui canais de distribuição em mais de 150 países e tem o compromisso de lançar produtos de alta qualidade, baseados em um grande número de licenciamentos nas áreas de esportes e entretenimento. A empresa possui subsidiárias em toda a Europa, América Latina e Estados Unidos.
Participe da antologia (e-book) TEMPO DE AMAR - VOL. VIII. Leia o edital
1 - Escreva um conto ou poema(s) (livre). Aceitaremos até 4 contos ou poemas por autor. Caso sejam aprovados, os 4 textos serão publicados.
2 - SOBRE O POEMA: até 4 páginas cada conto ou poema, fonte Times ou Arial, tamanho 12, incluindo título. Espaçamento 1,5.
3 - Tipo de arquivo aceito: documento do Word (arquivos em PDF serão deletados).
4 - O conto ou poema não precisa ser inédito, desde que os direitos autorais sejam do autor e não da editora ou qualquer outra plataforma de publicação.
5 - Idade mínima do autor para participação na antologia: 18 anos completos.
6 - Envie o seu conto ou poema pré-revisado. Leia e releia antes de enviá-lo.
9 - Data para envio do conto ou poema: do dia 29/09/23 até 01/11/23.
10 - Veja ficha de inscrição no final desse texto. Leia, copie as informações e preencha. Envie as informações da ficha + conto ou poema para o e-mail: contato@edgarallanpoe.com.br. Escreva no título do e-mail: TEMPO DE AMAR - VOL. VIII
A antologia será digital (e-book) e gratuita para os leitores baixarem através de download, ela não será vendida. A antologia será amplamente divulgada nas redes sociais da Revista Conexão Literatura: Fanpage, Instagram e Grupos do Facebook, que somam mais de 600 mil seguidores.
OBS: Enviaremos certificado digital de participação para os autores que foram selecionados e que confirmaram o nosso e-mail.
NOSSOS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO:
A) - Criatividade;
B) - Textos preconceituosos, homofóbicos, pornográficos, racistas ou que usem palavras de baixo calão, serão desconsiderados;
C) - Seguir todas as regras para participação.
OBS.: Ademir Pascale, idealizador do concurso, disponibilizou para download uma apostila intitulada "Oficina Jovem Escritor", com dicas para quem está iniciando no mundo da escrita. Baixe gratuitamente, leia e pratique: CLIQUE AQUI.
FICHA DE INSCRIÇÃO DO AUTOR(A)
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Conheça o livro "O beijo assassino", da autora Daiane Macedo, participante do Prêmio literário "Revista Conexão Literatura 2023"
É uma obra baseada em fatos reais e visa mostrar ao leitor e a leitora que apesar das dificuldades, momentos que parecem não haver saída, ainda há formas de correr atrás dos sonhos e, com ajuda de amigos e familiares, mudar as mais terríveis circunstâncias.
Dados Técnicos do Livro
N° de páginas 124
Ano de publicação: 2022
Livro: Impresso
Minibiografia:
Daiane Macedo, natural de Caririaçu — Ceará, viu na escrita uma forma de se expressar e superar momentos tenebrosos. Desde os doze anos escreve pensamentos, frases, poesias. Possui dois livros publicados "O Divórcio do Defunto" e "O Beijo Assassino", além disso, participou de algumas antologias, compartilhando sua voz e enriquecendo o mundo com sua arte.
Link do livro na editora: https://loja.giostrieditora.com.br/O-Beijo-Assassino
HQ "Estados Unidos da África", será lançada na Academia de Letras da Bahia
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Anderson Shon e Daniel Cesart - Foto divulgação |
O lançamento acontece durante o evento Encontros ALB no dia 6 de outubro, às 19h, com palestra dos autores Anderson Shon e Daniel Cesart.
No próximo dia 6 de outubro (sexta-feira), às 19h, na sede da Academia de Letras da Bahia (ALB) acontece mais uma edição do Encontros ALB, com os autores Anderson Shon e Daniel Cesart, que participarão de um bate-papo sobre a criação da HQ Estados Unidos da África, uma obra que transcende os limites da literatura convencional, unindo história em quadrinhos e prosa.
Essa será a primeira vez que a ALB abre suas portas para as histórias em quadrinhos, não apenas reconhecendo a importância deste meio de expressão artística, mas também abrindo diálogo com autores e seu público. Estados Unidos da África nasceu como uma narrativa em prosa, pelas mãos do escritor e poeta Anderson Shon e ganhou uma nova dimensão com a inclusão do aspecto visual dada pelo ilustrador e quadrinista Daniel Cesart.
A trama da HQ gira em torno de Rei Bantu, um camaronês que adquire habilidades extraordinárias de maneira inesperada e, posteriormente, unifica todo o continente africano em uma única nação. No entanto, ele logo percebe que não dá pra matar a fome com raios saindo dos olhos. Enfrentando desafios monumentais, o Rei Bantu busca superar obstáculos de ódio e preconceito para manter a estabilidade dos Estados Unidos da África, combatendo a resistência de governos que não aceitam um líder negro no poder.
Cronologicamente não linear, a história explora como o surgimento de um super-herói africano influenciou a criação de uma nova nação e transformou aspectos socioculturais, como cinema, moda e economia. A linha central da história narra o momento em que a sede da ONU é transferida dos Estados Unidos da América para os Estados Unidos da África, desencadeando reações diversas no cenário geopolítico global.
A HQ está disponível ao público pelo valor de R$50,00 e pode ser adquirida em pré-venda através do site: www.catarse.me/
O Encontros ALB é uma iniciativa da Academia de Letras da Bahia que busca promover a interseção das artes, especialmente a literatura, com a sociedade. O projeto conta com o apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.
Serviço
O que: Encontros ALB: História em Quadrinhos na Bahia e Lançamento da HQ “Estados Unidos da África”, de Anderson Shon e Daniel Cesart
Quando: 06 de outubro de 2023 (sexta-feira)
Horário: 19 horas
Onde: Academia de Letras da Bahia (Av. Joana Angélica, 198 - Salvador, Bahia)
Entrada: Gratuita
Valor da HQ: R$ 50,00
Pré-venda: www.catarse.me/
Sobre os autores:
Anderson Shon (@andersonshon) é poeta, escritor e educador. Tem na carreira os livros de poesia Um Poeta Crônico, Outro Poeta Crônico e A Despedida do Super Futuro. Shon é colunista do Jovem Nerd, colecionador de quadrinhos e nerd de carteirinha. Como homem negro, entende que a representatividade é um fortificador de afroestimas e por isso quer ver o Rei Bantu e o Estados Unidos da África dominando o mundo.
Daniel Cesart (@danielcesart), é quadrinista, formado em artes visuais. Co-criador do espetáculo Dança em Quadrinhos. Participou da coletânea Máquina Zero volumes 1 e 2 com histórias curtas; letreirou a HQ Never Die Club volumes 1 e 2 e Never Die Club - A Cosmonauta, e diagramou a HQ Paxuá e Paramim e o Contos dos Orixás.
Pedro Bandeira participa do "Encontros com Autores" do Prêmio Jabuti no próximo dia 5
Foto: Ayumi Yamamoto
Conversa com o autor faz parte de série de eventos que acontece até o início de dezembro, e que contará com participações de Aline Bei, Itamar Vieira Jr, Jeferson Tenório e Conceição Evaristo
No próximo dia 5 de outubro será promovido, pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pelo Theatro Municipal de São Paulo, mais uma conversa da série "Encontros com Autores 2023", que integra a celebração dos 65 anos do Prêmio Jabuti. Desta vez, o papo será com o autor Pedro Bandeira, Personalidade Literária da 65ª edição do Prêmio Jabuti. A mediação será da jornalista Maria Fernanda Rodrigues.
Bandeira é um dos mais influentes autores da literatura infantojuvenil brasileira, e é o homenageado do ano por sua contribuição para o mundo literário e seu compromisso em enriquecer a imaginação de leitores de todas as idades. Ao longo de sua carreira, Bandeira escreveu mais de 130 livros, com a venda de mais de 28 milhões de exemplares. Sua dedicação à literatura e a qualidade de suas narrativas renderam-lhe uma série de prêmios além do Prêmio Jabuti, com a obra "O Fantástico Mistério de Feiurinha" (1986); Troféu APCA; Adolfo Aizen; o da Academia Brasileira de Letras; e da União Brasileira de Escritores, além do reconhecimento pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Nascido em Santos, São Paulo, em 1942, Pedro trilhou um percurso diversificado antes de se destacar como renomado escritor. Com experiências no teatro, atuando como ator, diretor e cenógrafo, e também na produção de comerciais de televisão, Bandeira iniciou sua incursão na literatura em 1972 com a publicação de suas primeiras histórias infantis. A partir de 1983, dedicou-se integralmente à escrita, marcando o início de uma prolífica jornada literária com "O Dinossauro que Fazia Au-Au". O ápice de sua carreira ocorreu em 1984, com o lançamento de "A Droga da Obediência", que deu origem à famosa série "Os Karas". Sua versatilidade literária abrange contos, poemas e narrativas de diversos tons, e sua habilidade de envolver leitores de todas as idades, aliada à excelência de suas criações, o consagra como um verdadeiro pioneiro na literatura infantojuvenil.
A mediadora, Maria Fernanda Rodrigues é jornalista, repórter de literatura e colunista do jornal O Estado de S. Paulo. É responsável pelas colunas Babel e Um Livro Por Semana. Foi editora do PublishNews e fez assessoria de imprensa para editoras e eventos literários e culturais. É formada pela Universidade Católica de Santos e fez pós-graduação em Semiótica e Psicanálise na Puc-SP.
Os encontros seguirão até o mês de dezembro, com a participação de renomados autores finalistas e ganhadores do Prêmio Jabuti, como Aline Bei, Itamar Vieira Junior, Jeferson Tenório e Conceição Evaristo. Os escritores abordarão temas ligados à Literatura, à criação e à formação do autor e abordarão como produzir obras nos diversos gêneros de ficção e não ficção. O mês de dezembro contará ainda com um encontro especial, com o autor contemplado com o Livro do Ano de 2023.
Confira abaixo a programação completa.
Programação da série de "Encontros com Autores 2023", no Theatro Municipal de São Paulo:
5 de outubro, quinta-feira, 19h – Encontro com Pedro Bandeira – Mediação Maria Fernanda Rodrigues
Pedro Bandeira, a Personalidade Literária do Prêmio Jabuti 2023, nasceu em Santos, São Paulo, em 1942, e trilhou um caminho multifacetado antes de se estabelecer como um escritor notável. Sua trajetória inclui trabalhos no teatro profissional, tanto como ator quanto como diretor e cenógrafo. Ele também desempenhou funções de redator, editor e ator em comerciais de televisão. Em 1972, teve suas primeiras histórias infantis publicadas em revistas da Editora Abril. A partir de 1983, dedicou-se exclusivamente à escrita, marcando o início de uma jornada literária com a publicação do livro "O Dinossauro que Fazia Au-Au".
18 de outubro, quarta-feira, 19h. Encontro com Aline Bei - Mediação de Cláudio Leal
Aline Bei nasceu em São Paulo, em 9 outubro 1987. É formada em Letras pela PUC-SP, em Artes Cênicas pelo Teatro Escola Célia-Helena e pós-graduada em Escritas Performáticas pela PUC-RIO. "O peso do pássaro morto", finalista do prêmio Rio de Literatura e vencedor do prêmio São Paulo de Literatura e do prêmio Toca, é o seu primeiro livro. Em 2021, lançou seu segundo livro, "Pequena Coreografia do Adeus", pela Companhia das Letras. O romance foi finalista do Prêmio Jabuti e do Prêmio São Paulo de Literatura e já vendeu mais de 100 mil cópias. Está sendo adaptado para o teatro por Tarcila Tanhã e foi adaptado para uma videodança por Georgia Palomino e Suzane Rossan. Foi publicado em Portugal pela Particular Editora. Responsável pela mediação, Cláudio Leal é jornalista, colaborador da Folha de S.Paulo e doutorando em Teoria, História e Crítica de Cinema pela ECA-USP.
27 de outubro, sexta-feira, 19h. Encontro com Itamar Vieira Junior
Itamar Vieira Jr. é aclamado por seu notável romance "Torto Arado", que conquistou o Prêmio LeYa de 2018, o Prêmio Jabuti de 2020 e o Prêmio Oceanos de 2020. Nascido em Salvador, Bahia, em 1979, Itamar é geógrafo e doutor em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA. Seu romance "Torto Arado" é considerado um dos maiores sucessos da literatura brasileira das últimas décadas, cativando público e crítica. A obra foi traduzida em mais de vinte países e está prestes a ser adaptada para o audiovisual. Além disso, pela Editora Todavia, Itamar publicou também "Doramar ou a Odisseia: Histórias" e "Salvar o Fogo".
16 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Jeferson Tenório
Jeferson Tenório, autor nascido no Rio de Janeiro, em 1977, e atualmente radicado em Porto Alegre, é doutor em Teoria Literária pela PUC-RS e teve uma carreira literária rica e diversificada. Jeferson Tenório foi colunista dos jornais Zero Hora e Uol/Folha de S. Paulo, até abril de 2023. Além disso, ele foi professor visitante de Literatura na renomada Brown University, nos Estados Unidos. Sua obra literária inclui textos adaptados para o teatro e histórias traduzidas para inglês e espanhol. Ele é autor de obras como "Estela sem Deus" (2018) e "O Avesso da Pele" (2020), que não apenas ganhou o Prêmio Jabuti em Romance Literário de 2021, mas também teve seus direitos vendidos para países como Portugal, Itália, Inglaterra, Canadá, França, México, Eslováquia, Suécia, China, Bélgica e EUA.
23 de novembro, quinta-feira, 19h. Encontro com Conceição Evaristo
Maria da Conceição Evaristo de Brito nasceu em Belo Horizonte, em 1946, e migrou para o Rio de Janeiro, na década de 1970. Graduada em Letras pela UFRJ, trabalhou como professora da rede pública de ensino na capital fluminense. É Mestre em Literatura Brasileira pela PUC do Rio de Janeiro, com a dissertação "Literatura Negra: uma poética de nossa afro-brasilidade" (1996). Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense, com a tese "Poemas malungos, cânticos irmãos" (2011), na qual estuda as obras poéticas dos afro-brasileiros Nei Lopes e Edimilson de Almeida Pereira, em confronto com a do angolano Agostinho Neto. Participante ativa dos movimentos de valorização da cultura negra em nosso país, estreou na literatura em 1990, quando passou a publicar seus contos e poemas na série Cadernos Negros. Escritora versátil, cultiva a poesia, a ficção e o ensaio. Desde então, seus textos vêm angariando cada vez mais leitores. A escritora participa de publicações na Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. Seus contos vêm sendo estudados em universidades brasileiras e do exterior, tendo, inclusive, sido objeto da tese de doutorado de Maria Aparecida Andrade Salgueiro, publicada em livro em 2004, que faz um estudo comparativo da autora com a americana Alice Walker. Em 2003, publicou o romance "Ponciá Vicêncio", pela Editora Mazza, de Belo Horizonte.
7 de dezembro, quinta-feira, 19h. Encontro especial, com o autor contemplado com o Livro do Ano de 2023. Mediação – Hubert Alquéres
O último encontro terá realização especial. Contará com a presença do autor contemplado com a premiação de Livro do Ano de 2023. A conversa será mediada pelo Hubert Alquéres, que foi presidente da Imprensa Oficial de São Paulo, de 2003 a 2011. Atuante nas áreas de cultura e educação há mais de 40 anos, tem uma história antiga com o mais importante prêmio do livro brasileiro: durante seis anos, coordenou a Comissão do Prêmio Jabuti na Câmara Brasileira do Livro (CBL). Iniciou sua carreira na área acadêmica como professor na Escola Politécnica da USP e no Colégio Bandeirantes. Foi secretário estadual e secretário executivo na Secretaria de Educação, além de ter presidido por quatro vezes o Conselho Estadual de Educação de São Paulo, do qual é membro desde 1998. Atua como vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro há 12 anos. Preside a Academia Paulista de Educação e o Conselho de Administração do Museu AfroBrasil, e é membro da Associação Amigos da Biblioteca Mário de Andrade.
SOBRE A CBL
A Câmara Brasileira do Livro (CBL) é uma associação sem fins lucrativos que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Há 76 anos, atua em diversas frentes sempre com o propósito de promover o acesso ao livro e a democratização da leitura em todo o país, além de divulgar a literatura brasileira no mercado internacional. Desde março de 2020, a CBL é a Agência Nacional do ISBN e, no mesmo período, lançou uma plataforma digital que reúne seus serviços de maneira integrada e dinâmica. Outra atuação forte da entidade está ligada a uma agenda de relacionamento com as mais diversas esferas públicas e governamentais para debater pautas e políticas importantes para o setor. Todas as suas ações são pensadas com um olhar estratégico e sensível de quem acredita no poder transformador dos livros para a sociedade.
No Brasil, a entidade criou e mantém alguns dos mais importantes eventos literários do país, como a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, além da maior e mais tradicional premiação do livro brasileiro, o Prêmio Jabuti. Anualmente, a CBL publica estudos que trazem panoramas do mercado do livro no país, como as pesquisas Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro e sua série histórica, além da Conteúdo Digital do Setor Editorial Brasileiro.
SOBRE O PRÊMIO JABUTI
Realizado desde 1958, o Prêmio Jabuti consolidou-se como a principal referência entre as premiações do mercado editorial brasileiro. Patrimônio cultural do país, é responsável por reconhecer e divulgar a potência da produção nacional, com a valorização de cada um dos elos que formam a cadeia do livro, dialogando com os diversos públicos leitores e, junto com eles, assimilando as mudanças da sociedade. Com categorias abrangentes que reconhecem obras da ficção e não ficção, o Prêmio Jabuti homenageia tanto escritores renomados como novos talentos, editores de diversos portes e desempenha um papel fundamental na promoção do conhecimento e da arte. Ao destacar a produção literária e o poder transformador por meio da leitura, a premiação inspira e enriquece a cena cultural do País.
SOBRE O COMPLEXO THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
O Theatro Municipal de São Paulo é um equipamento da Prefeitura da Cidade de São Paulo ligado à Secretaria Municipal de Cultura e à Fundação Theatro Municipal de São Paulo.
O edifício do Theatro Municipal de São Paulo, assinado pelo escritório Ramos de Azevedo em colaboração com os italianos Claudio Rossi e Domiziano Rossi, foi inaugurado em 12 de setembro de 1911. Trata-se de um edifício histórico, patrimônio tombado, intrinsecamente ligado ao aperfeiçoamento da música, da dança e da ópera no Brasil. O Theatro Municipal de São Paulo abrange um importante patrimônio arquitetônico, corpos artísticos permanentes e é vocacionado à ópera, à música sinfônica orquestral e coral, à dança contemporânea e aberto a múltiplas linguagens conectadas com o mundo atual (teatro, cinema, literatura, música contemporânea, moda, música popular, outras linguagens do corpo, dentre outras). Oferece diversidade de programação e busca atrair um público variado.
Além do edifício do Theatro, o Complexo Theatro Municipal também conta com o edifício da Praça das Artes, concebido para ser sede dos Corpos Artísticos e da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo.
Sua concepção teve como premissa desenhar uma área que abraçasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e que constituísse um edifício moderno e uma praça aberta ao público que circula na área.
Inaugurado em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m², o projeto vencedor dos prêmios APCA e ICON AWARDS é resultado da parceria do arquiteto Marcos Cartum (Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura) com o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz.
SOBRE A SUSTENIDOS
A Sustenidos é a organização responsável pela gestão do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí e do Theatro Municipal de São Paulo, dos programas Musicou, Som na Estrada, e MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange); e pelos festivais Ethno Brazil e Imagine. Foi responsável pela gestão do Projeto Guri, programa de ensino musical, no litoral e no interior do Estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA, de 2004 a 2021. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos, eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm suporte fiscal da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir no site da Sustenidos.
quinta-feira, 28 de setembro de 2023
Cris Ladeia e o livro Estimular a coordenação motora não é um bicho-de-sete-cabeças, por Cida Simka e Sérgio Simka
Cris Ladeia - Foto divulgação
Fale-nos
sobre você.
Professora, psicopedagoga, escritora e contadora de histórias. Formada em Letras e Pedagogia, pós-graduada em Neurociências Educacional e Clínica e Psicopedagogia Institucional e Clínica. Experiência em todas as séries do Ensino Fundamental 1, Berçário, Maternal e Educação Infantil. Atualmente exerce a função de professora polivalente no 4º e 5º anos em uma rede particular de ensino em Santo André-SP. Integrante do Núcleo de Escritores do Grande ABC e apresentadora do programa “Educação em Perspectiva”, da TV Humana. Ministra aulas particulares de reforço escolar e desenvolve recursos pedagógicos com materiais alternativos. Palestrante na área da educação.
ENTREVISTA:
Fale-nos sobre o livro. O que motivou a escrevê-lo?
Na pandemia precisei adaptar muitas atividades, considerando que os alunos estavam em casa. Dessa forma, ia sugerindo atividades com materiais alternativos que eles tinham disponíveis, e deu muito certo. Mesmo com o fim da pandemia continuei pesquisando, adaptando e confeccionando atividades com materiais alternativos. Em muitas escolas não é possível a aquisição de recursos e é aí que os materiais recicláveis podem auxiliar os professores. Sempre compartilhei minhas ideias e minhas amigas professoras me pediam sugestões, e foi assim que resolvi reunir algumas dessas ideias para compor o livro e ajudar outros educadores.
Você também tem um livro de contos publicado. Fale-nos sobre ele.
Escrevi "O quadro na parede", que é uma junção de contos. Alguns contos escrevi ainda na adolescência e outros foram escritos atualmente. O livro “O quadro na parede” era um sonho que eu queria realizar, e consegui realizar esse sonho na pandemia. Eu produzi bastante nesse período. Acredito que quando somos desafiados é que crescemos.
Como analisa a questão da leitura no país?
A leitura não é estimulada ou incentivada. Muitas vezes a criança não tem acesso à leitura fora do espaço escolar. No cenário atual, as crianças estão muito imediatistas e são poucas as que possuem o hábito da leitura. É triste ver muitas livrarias fechando e pouco sendo feito para mudar isso.
O que tem lido ultimamente?
Sempre separo mais de um livro para ler ao mesmo tempo. Estou lendo: "Um antropólogo em Marte" de Oliver Saks e “Pensar é transgredir” da Lya Luft. O primeiro se trata de casos clínicos extraordinários, porém de fácil entendimento pela narrativa dramática. O segundo, leio antes de dormir, pois é uma narrativa que trata do cotidiano, de coisas simples e me ajuda a desacelerar.
Quais são os seus próximos projetos?
Tenho um projeto de escrita criativa para crianças, que idealizei com muito carinho e quero vê-lo em prática. Em breve.
Uma pergunta que não fizemos e que gostaria de responder.
Sobre o eu mais gosto no processo de escrita. Se é conto, gosto de fazer com que o leitor fique imaginando se eu criei ou vivi aquela história; se é poema, gosto de imaginar quem lê, suspirando ou lembrando de alguém; se é algo relacionado com o meu trabalho, me sinto feliz em saber que estou auxiliando alguém com minhas ideias, como é o caso desse meu último livro.
Link para o livro:
Link para o livro “O quadro na parede”:
https://www.verlidelas.com/product-page/o-quadro-na-parede
CIDA SIMKA
É licenciada em Letras pelas Faculdades Integradas de Ribeirão Pires
(FIRP). Autora, dentre outros, dos livros O enigma da velha casa (Editora
Uirapuru, 2016), Prática de escrita: atividades para pensar e escrever (Wak
Editora, 2019), O enigma da biblioteca (Editora Verlidelas,
2020), Horror na biblioteca (Editora Verlidelas, 2021), O
quarto número 2 (Editora Uirapuru, 2021), Exercícios de
bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da escuridão (Opera
Editorial, 2023), Somos a diferença neste mundo indiferente (Editora
Uirapuru, 2023) e Dayana Luz e a aula de redação (Saíra
Editorial, 2023). Colunista da revista Conexão Literatura.
SÉRGIO SIMKA
É professor universitário desde 1999. Autor de mais de seis dezenas de
livros publicados nas áreas de gramática, literatura, produção textual,
literatura infantil e infantojuvenil. Idealizou, com Cida Simka, a série
Mistério, publicada pela editora Uirapuru. Colunista da revista Conexão
Literatura. Seu mais recente trabalho acadêmico se intitula Pedagogia
do encantamento: por um ensino eficaz de escrita (Editora Mercado de
Letras, 2020) e os mais novos livros de sua autoria se denominam Exercícios
de bondade (Editora Ciência Moderna, 2023), Horrores da
escuridão (Opera Editorial, 2023), Somos a diferença neste mundo indiferente (Editora Uirapuru, 2023) e Dayana Luz
e a aula de redação (Saíra Editorial, 2023).
Conheça o livro "Fratura Exposta – Meu eu Impresso em Páginas", da autora Silvia Cristina Lalli, participante do Prêmio literário "Revista Conexão Literatura 2023"
Sinopse do livro: Fratura Exposta – Meu eu Impresso em Páginas
"Fratura Exposta" externaliza sentimentos como o desamor, a dor, o abandono, a solidão, a desilusão e questionamentos sobre a escrita e a vida através da poesia, sentimentos e dúvidas que permeiam o eu-lírico.
Dados técnicos do livro:
122 páginas
Publicado em 2023
Versão impressa
Editora Uiclap – Publicado de forma independente
Sobre a autora:
Atualmente, leciona espanhol para o ensino fundamental II e médio. Escritora em crescimento, já acumula mais de 25 participações em antologias promovidas por diversas revistas literárias e editoras. Em 2023, publicou dois livros de poesia pela editora Uiclap.
Link para aquisição do livro:
https://loja.uiclap.com/titulo/ua37237
Página Instagram literária: @versos_solos_e_poesia
Instagram pessoal: @lallcer
quarta-feira, 27 de setembro de 2023
Beijo do Gordo
Aos dezoito anos, após uma
fracassada tentativa de ganhar a vida como vendedor de aparelhos celulares, eu
fui trabalhar numa empresa chamada Códice, umas das maiores distribuidoras de
livros da América Latina. Eu me sentia na Disneyland, cercado por milhares de
livros todos os dias.
Em pouco tempo comecei a atuar como
supervisor do suporte técnico da empresa que, além dos livros, também era encarregada
de vender o Dicionário Aurélio Eletrônico para computador. Dessa forma, diariamente
inúmeros usuários entravam em contato comigo pedindo orientações de como
instalar o monstrengo de 15 disquetes nos seus PCs. Sim, eu sou do tempo do
disquete, algo que os millennials não fazem ideia do que se trata,
apesar de verem um todas as vezes que clicam no botão “Salvar” do Microsoft
Word.
Certo dia, eu estava tão empenhado
em tarefas técnicas de alta complexidade – basicamente jogando Paciência no
computador – que não percebi que o telefone estava tocando. Foi quando a minha
fiel assistente Mauricélia entrou na minha sala, tão pálida que mais parecia
que tinha se encontrado com o próprio Diabo.
- Rodrigo, pelo amor de Deus,
atende o telefone! – Ela me disse em tom súplice.
- Calma, o que houve?! –
Perguntei perplexo.
- É o Jô... – ela sussurrou com
os olhos esbugalhados.
- Não entendi, do que você
está... – eu comecei a falar, apesar de, no fundo, já ter entendido do que se
tratava.
- É O JÔ SOARES QUEM ESTÁ LIGANDO
PARA NÓS RODRIGO! ATENDE A DROGA DO TELEFONE!!!! – Ela gritou à beira da
histeria.
Dessa vez fui eu quem congelou.
Era comum, no longínquo ano de 1995, o apresentador Jô Soares, um dos maiores
humoristas e entrevistadores de todos os tempos, ligar seu computador e
pesquisar o significado de palavras interessantes diante da plateia, durante a
gravação do seu famoso programa Jô Soares Onze e Meia. Eu nunca tinha me dado
conta, mas ele usava o programa Dicionário Aurélio Eletrônico, cujo responsável
pelo suporte técnico era eu mesmo. Engoli seco e olhei para o aparelho
telefônico, que continuava tocando insistentemente.
- Meu Deus... – murmurei. Antes
que a coragem se esvaísse de vez, atendi às pressas, tentando não desmaiar de
medo - alô...?
- Rodrigo, me salva pelo amor de
Deus! – Jô Soares em pessoa falou em tom súplice – meu Dicionário Aurélio Eletrônico
não abre e eu estou indo gravar meu programa, o que eu faço?!
Eu arregalei os olhos e pensei “ok,
agora ferrou de vez”. Uma lenda viva não ia conseguir gravar corretamente seu
programa televisivo de milhões de telespectadores e a culpa seria minha. Depois
sacudi a cabeça, acho que até apliquei uns dois tapas na minha própria cara e
perguntei à queima-roupa:
- Jô, fica calmo, você já
experimentou colocar o disquete número um e atualizar seu aplicativo? – Eu perguntei,
me referindo a uma estúpida regra de segurança do software que todos os
usuários esqueciam de cumprir e sempre me xingavam por causa disso. O Jô ficou
calado do outro lado da linha, me deixando ainda mais assustado.
- Rodrigo, eu sou um filho da
puta! Me desculpe, esqueci completamente dessa merda! – Ele falou rindo. Eu ri
também, mas era de nervoso – me ajuda aqui, o que eu preciso fazer mesmo?
Conversamos por um bom tempo.
Diversas vezes ao longo de anos ele me procurou para tirar dúvidas e, numa
dessas vezes, combinei de levar em mãos a versão mais nova do software para
ele. Fui até o apartamento dele em São Paulo e o Jô Soares nem sequer saiu do
prédio, entreguei a caixa com o programa, ele sorriu, me agradeceu e depois
voltou para dentro, acho que estava com muita pressa. Eu não falei de outra
coisa ao longo das semanas seguintes.
Um dia precisei me ausentar do
escritório e, quando cheguei, minha assistente Mauricélia estava com uma cara
estranha, de quem tinha aprontado. Quando perguntei o que ela tinha feito, veio
a confissão.
- Chefe, não briga comigo, mas o
Jô ligou aqui pedindo para falar com você e eu acabei atendendo o telefone – a adolescente
falou, sem graça.
- O que você aprontou? Por que
você está com essa cara de quem fez bobagem? – Perguntei sorrindo.
- Eu pedi para ele mandar um
beijo para mim durante o programa dele, desculpa! – Ela confessou, sem graça.
Eu dei risada e falei para ela não se preocupar.
Alguns dias depois, eu estava
assistindo ao Jô Soares Onze e Meia após chegar da faculdade e vi meu
apresentador favorito enumerando as entrevistas daquela noite. Em seguida ele
anunciou o intervalo comercial, mas antes falou de forma dramática:
- E antes que eu me esqueça:
Mauricélia, um beijo do gordo! – Ele falou sua famosa frase e depois mandou um
beijo caloroso para a câmera.
Eu sorri, tive certeza de que no
dia seguinte minha assistente estaria nas nuvens.
Só confesso que fiquei chateado
por não ter sido incluído no beijo. C'est la vie!